quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Segundo satélite artificial cairá sobre a Terra em Outubro



Caindo Inteiro

O satélite UARS caiu, felizmente, sem causar vítimas.

Mas vem aí um novo lixo espacial. E, desta vez, um com potencial para causar muitos danos, caso atinja alguma área habitada.

O telescópio espacial alemão ROSAT deverá cair no final de Outubro ou início de Novembro, segundo os melhores cálculos da DLR, a agência espacial alemã.

O grande problema, porém, é que o ROSAT foi construído de tal forma que ele deverá resistir à reentrada na atmosfera, não se queimando quase integralmente, como aconteceu com o UARS.

Por isso, e devido à sua órbita, a chance de fazer alguma vítima humana é de 1 em 2.000 - a chance do UARS atingir alguém era de 1 em 3.200.

Blindagem contra calor
O ROSAT (ROentgen SATellite) foi lançado em 1990 e atingiu o fim da sua vida útil em 1999. Ele é menor do que o UARS, pesando 2,4 toneladas.

Ele protagonizou descobertas importantes como, por exemplo, testes sobre uma teoria unificada da física. Brasileiros participam da busca por teoria unificada da Física

O grande problema é que ele foi construído para observar raios X no espaço. Com isto, seus espelhos tiveram que ser fortemente blindados contra o calor, que poderia atrapalhar suas sensíveis observações. 

Graças a essa blindagem, é praticamente certo que seus espelhos e praticamente toda a sua estrutura sobrevivam à reentrada.

E, como o UARS, o telescópio desativado não tem motores a bordo, que possam ser usados para comandar uma reentrada guiada. O resultado serão outros dias de expectativa.

"Até 30 destroços individuais, com uma massa de até 1,6 tonelada deverão atingir a superfície da Terra. O sistema óptico de raios X, com seus espelhos e um suporte mecânico feita com compósito reforçado com fibra de carbono - ou ao menos parte dele - deverão ser os componentes individuais mais pesados a atingir o solo," afirmou a DLR.

Queda de satélites

O momento de reentrada do ROSAT, assim como de qualquer outro lixo espacial, é determinado por dois fatores principais.

O primeiro é a geometria do objeto, que pode funcionar como um freio mais ou menos potente, acelerando ou retardando sua queda.

O segundo é o comportamento da própria atmosfera, que se expande e se contrai em reação à intensidade da atividade solar. Quanto mais densa a atmosfera, maior é o arrasto imposto sobre o objeto, que cai mais rápido.

Desta forma, conforme a atividade solar aumenta ao longo de seu ciclo de 11 anos, é maior o volume de lixo espacial que ameaça cair sobre a Terra.


Riscos do lixo espacial 

E talvez seja com se acostumar com notícias desse tipo.

A maior incidência de quedas que está se verificando agora é resultado de uma intensa atividade espacial na década de 1990, com um número de lançamentos duas vezes maior do que a atual.

Os satélites lançados naquela época - que costumavam ser muito grandes - já atingiram ou estão se aproximando do final de sua vida útil.

Atualmente, há uma tendência para a construção de satélites menores, mais especializados.

Com isto, os futuros lixos espaciais que virão abaixo deverão ser menores, com maiores chances de se queimarem integralmente durante a reentrada.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Astrônomos encontram planeta invisível




















Planeta invisível

Nenhum planeta extrassolar - ou exoplaneta - foi exatamente "visto" no sentido literal do termo.

Como seu brilho é tênue demais em relação às suas estrelas, tudo o que os astrônomos detectam são pequenas variações no brilho da estrela, conforme o planeta cruza sua frente, ou pequenos "sacolejos" na órbita da estrela.

Mas agora Sarah Ballard e seus colegas do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos, fizeram uma descoberta inédita.

Eles detectaram um exoplaneta a partir de outro exoplaneta - se nem mesmo o exoplaneta já conhecido pode ser visto diretamente, o "novato" é de fato invisível.

Atraso planetário

Os dois planetas orbitam a estrela Kepler-19 - o sistema foi descoberto pelo telescópio espacial Kepler.

O exoplaneta Kepler-19b foi encontrado pelo método tradicional do trânsito. As variações que ele causa no brilho de sua estrela permitiram que os astrônomos calculassem que ele tem uma órbita de 9 dias e 7 horas. Tamanha proximidade da estrela, cerca de 13,5 milhões de km, faz com que ele tenha uma temperatura por volta de 480º C.

Mas o mais interessante foi perceber que o Kepler-19b apresenta uma variação em seu tempo orbital: ora ele se adianta, ora ele atrasa cinco minutos.

Esta é a indicação da existência do "planeta invisível", já devidamente catalogado como Kepler-19c. É a gravidade do planeta invisível atuando sobre o Kepler-19b que causa as variações no seu tempo orbital.

Urano e Netuno

Por enquanto, não é possível saber muito sobre ele.

"O Kepler-19c pode ter múltiplas personalidades, todas consistentes com nossos dados. Por exemplo, ele pode ser um planeta rochoso com uma órbita circular de 5 dias, ou pode ser um planeta gigante gasoso com uma órbita oblonga de 100 dias," disse Daniel Fabrycky, coautor da descoberta.

Embora seja curiosa, essa forma tão indireta de descobrir um planeta não é exatamente uma novidade.

Nosso vizinho Netuno foi encontrado de forma bem parecida, quando os astrônomos notaram variações na órbita do então já conhecido Urano.

Eles concluíram que um planeta mais distante estaria influenciando a órbita de Urano e, com base nas variações da órbita observada, em comparação com as previsões matemáticas, eles calcularam com grande exatidão para onde os telescópios deveriam ser apontados para que o novo mundo pudesse ser visto - foi "na mosca".

Descobertas dezesseis super-Terras, uma em zona habitável

Visão artística da super-Terra dentro da zona habitável da estrela HD 85512, na Constelação da Vela.





















Super-Terra habitável

Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) anunciou a descoberta de mais de 50 novos exoplanetas, incluindo 16 super-Terras, uma das quais orbita no limite da zona de habitabilidade da sua estrela.

Estudando as propriedades de todos os planetas descobertos até agora pelo instrumento HARPS, usado pela equipe, a equipe descobriu que cerca de 40% das estrelas semelhantes ao Sol possuem pelo menos um planeta mais leve que Saturno.

"A colheita de descobertas obtida pelo HARPS excedeu todas as expectativas e inclui uma população excepcionalmente rica em planetas do tipo super-Terra e do tipo de Netuno [Netuno tem cerca de dezessete vezes mais massa que a Terra], que orbitam estrelas muito semelhantes ao nosso Sol. Mais ainda - os novos resultados mostram que a taxa de descobertas está aumentando," disse Michel Mayor, da Universidade de Genebra, na Suíça.

Nos últimos oito anos, desde que começou a observar estrelas do tipo do Sol utilizando o método das velocidades radiais, o HARPS foi usado para descobrir mais de 150 novos planetas.

Cerca de dois terços de todos os exoplanetas conhecidos com massas menores que Netuno foram descobertos pelo HARPS.

Estrelas parecidas com o Sol

Trabalhando com observações de 376 estrelas do tipo solar, os astrônomos conseguiram estimar muito melhor qual a probabilidade de uma estrela como o Sol abrigar planetas de pequena massa (em oposição a planetas gigantes gasosos).

Descobriu-se que cerca de 40% destas estrelas possuem em órbita pelo menos um planeta de massa menor que Saturno. A maioria dos exoplanetas com massas da ordem de Netuno ou menores parecem encontrar-se em sistemas que apresentam planetas múltiplos.

Com sistemas de hardware e de software em processo de atualização, o HARPS está sendo preparado para o próximo nível de estabilidade e sensibilidade no intuito de procurar planetas rochosos que possam suportar vida.

Dez estrelas próximas, semelhantes ao Sol, foram selecionadas para um novo rastreio. Estas estrelas já tinham sido observadas pelo HARPS e sabia-se serem adequadas para medições de velocidades radiais extremamente precisas. Após dois anos de trabalho a equipe de astrônomos descobriu cinco novos planetas com massas cinco vezes menores que a massa da Terra.

"Estes planetas estarão entre os alvos principais dos futuros telescópios espaciais, que procurarão sinais de vida nas atmosferas dos planetas procurando assinaturas químicas tais como evidência de oxigênio," explica Francesco Pepe, do Observatório de Genebra, na Suíça.

Zona habitável

Para um destes novos planetas recentemente anunciados, o HD 85512 b, estima-se uma massa de apenas 3,6 vezes a massa da Terra. O planeta situa-se no limite da zona de habitabilidade - uma zona estreita em torno de uma estrela na qual, se as condições forem as corretas, a água pode estar presente sob a forma líquida.

"Este é o planeta de menor massa descoberto pelo método das velocidades radiais que se encontra potencialmente na zona de habitabilidade da sua estrela, e o segundo planeta de menor massa descoberto pelo HARPS dentro da zona de habitabilidade," acrescenta Lisa Kaltenegger, do Instituto Max Planck para a Astronomia, na Alemanha.

A precisão cada vez maior do novo rastreio do HARPS permite agora detectar planetas abaixo de duas massas terrestres. O HARPS tem atualmente uma sensibilidade que torna possível detectar amplitudes de velocidade radial significativamente menores que 4 km/hora - menores que a velocidade do caminhar humano.

"A detecção do exoplaneta HD 85512 b está longe do limite observacional do HARPS, o que demonstra bem a possibilidade de descobrir outras super-Terras em zonas de habitabilidade situadas em torno de estrelas semelhantes ao Sol," acrescenta Mayor.

Super-Terras

Planetas com massas entre uma e dez vezes a da Terra são chamados super-Terras.

Não existem planetas deste tipo no nosso Sistema Solar, mas parecem ser muito comuns em torno de outras estrelas.

Descobertas de tais planetas na zona habitável em torno das suas estrelas são muito interessantes porque - se os planetas forem rochosos e tiverem água, como a Terra - podem ser potenciais locais de vida.

Até agora, o HARPS encontrou duas super-Terras que podem estar na zona habitável.

A primeira super-Terra descoberta, Gliese 581 d, foi descoberta em 2007. Recentemente, o HARPS foi também utilizado para demonstrar que o outro candidato a super-Terra na zona habitável da estrela Gliese 581 (Gliese 581 g) não existe.






















Exoplanetas habitáveis

Os novos resultados deixam os astrônomos confiantes de que estão próximo de descobrir outros pequenos planetas rochosos habitáveis em torno de estrelas semelhantes ao nosso Sol.

Para isto, estão sendo planejados novos instrumentos, entre os quais uma cópia do HARPS, a ser instalada no Telescópio Nacional Galileu, nas ilhas Canárias, que fará um rastreio das estrelas no céu setentrional, e um descobridor de planetas novo e mais poderoso, chamado ESPRESSO, a ser instalado no Very Large Telescope do ESO, em 2016.

Olhando ainda para mais longe no futuro, também o instrumento CODEX, previsto para o European Extremely Large Telescope (E-ELT), levará esta técnica muito mais além.

"Nos próximos dez a vinte anos deveremos ter uma primeira lista de planetas potencialmente habitáveis na vizinhança do Sol. Tal lista torna-se essencial antes que experiências futuras possam procurar possíveis assinaturas de vida nas atmosferas dos exoplanetas, através de espectroscopia," conclui Michel Mayor, que descobriu em 1995 o primeiro exoplaneta em torno de uma estrela.

Técnica da velocidade radial

O instrumento HARPS mede a velocidade radial de uma estrela com extraordinária precisão.

Um planeta em órbita de uma estrela gera um movimento regular da estrela para a frente e para trás relativamente a um observador distante na Terra.

Devido ao efeito Doppler, esta variação de velocidade radial induz um desvio no espectro da estrela na direção dos maiores comprimentos de onda à medida que se afasta (chamado desvio para o vermelho) e um desvio para o azul (na direção dos comprimentos de onda menores) à medida que se aproxima.

Este pequeno desvio no espectro da estrela pode ser medido por um espectrógrafo de alta precisão, tal como o HARPS, e usado para inferir a presença de um planeta.

Utilizando o método das velocidades radiais, os astrônomos podem apenas estimar a massa mínima de um planeta, uma vez que a massa estimada depende também da inclinação do plano orbital relativamente à linha de visão, o qual é desconhecido.

No entanto, do ponto de vista estatístico, esta massa mínima encontra-se próxima da massa real do planeta.

Método do trânsito

Atualmente o número de exoplanetas conhecidos encontra-se próximo de 600.

Além dos exoplanetas descobertos através do método das velocidades radiais, mais de 1.200 candidatos a exoplanetas foram encontrados pela missão Kepler da NASA, utilizando um método alternativo, chamado trânsito - procura-se a pequena diminuição de brilho de uma estrela quando um planeta passa em frente desta e bloqueia parte da radiação.

A maioria dos planetas descobertos pelo método de trânsito encontra-se muito distantes de nós.

Em contrapartida, os planetas descobertos pelo HARPS situam-se em torno de estrelas próximas do Sol. Este fato torna-os melhores alvos para observações posteriores, feitas para muitos tipos de estudos adicionais.

Protejam as cabeças...Satélite cairá na terra entre quinta e sábado


 Um satélite da NASA vai cair na Terra entre quinta-feira e sábado. O aviso vem da Agência Espacial Norte Americana que está a monitorizar diariamente a aproximação da máquina não comandada de nome UARS, e ainda não sabe em que região do mundo vai cair. A probabilidade de alguém ser atingido e morrer devido à queda do UARS é de um em 3200, menor que 0,05 por cento.
O UARS, acrónimo para Upper Atmosphere Research Sattelite (Satélite de Investigação da Atmosfera Superior), pesa 5668 quilos e a NASA estima que há 26 peças que vão sobreviver à entrada na atmosfera que ao todo pesam 532 quilos. A peça mais pesada terá 158,3 quilos.

Os cientistas sabem que, devido à orbita onde o satélite se encontra, irá atingir uma região da Terra entre a latitude 57º Norte e 57º Sul, ou seja, todas as regiões habitadas do globo excepto o território a norte da latitude da Dinamarca. As 26 peças não vão cair todas na mesma região, a desintegração do satélite vai fazer com que elas se espalhem ao longo de 800 quilómetros.

Todos os dias a NASA vai actualizando a informação sobre a descida do satélite, a velocidade e o dia em que ele vai cair. Para já está previsto que seja a 23 de Setembro, na próxima sexta-feira, com um intervalo de mais ou menos um dia.

A NASA refere que desde o início da era espacial que máquinas maiores não comandadas já caíram na Terra e até agora não há registo de ninguém ferido ou morto por elas. Hoje, várias agências espaciais do mundo procuram construir satélites que reduzam o risco de vida humana durante a queda na Terra para um em 10.000.

O UARS foi lançado em 1991 para uma altitude de cerca de 575 quilómetros, onde esteve a medir a química da parte superior da atmosfera, e manteve as suas funções científicas até 2005. No final desse ano foi enviado para uma órbita mais inferior de cerca de 360 quilómetros de modo a acelerar a sua reentrada na Terra e evitar que se mantivesse muito tempo no espaço onde poderia colidir com outros satélites e multiplicar os pedaços de lixo espacial.

A NASA avisa ainda num comunicado para “não mexer, se encontrar algo que possa pensar ser uma peça do UARS” e para entrar em contacto com as autoridades locais e pedir ajuda.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os cinco telescópios mais potentes

Keck Observatory,iniciou sua atividade em 1993
 


Localização: Mauna Kea, no Havaí

Características: Na grande ilha isolada do Havaí os telescópios gêmeos Keck’s cada um com 10 metros de diâmetro. Quando eles foram construídos no início dos anos 1990 eles se tornaram os maiores desse tipo no mundo. O maior avanço do telescópio Keck foi a sua óptica adaptativa com espelhos controlados por computador que podem ser ajustado várias vezes por segundo, para compensar as perturbações atmosféricas em tempo real. Em atividade há 17 anos, é considerado o protótipo de uma nova geração de telescópios terrestres.

Telescópio Espacial Hubble, lançado em 1990



Organização: NASA e a Agência Espacial Europeia

Localização: órbita da Terra

Características: Ao capturar imagens icônicas, como a profundidade de campo, Nebulosa do Caranguejo e Nebulosa da Águia, o Hubble tornou-se o mais famoso telescópio do mundo. Será atualizado com um novo equipamento que será suficiente para mantê-lo funcionando e viável até 2012, quando cairá na terra puxado por sua gravidade e seu sucessor estará pronto para assumir seu posto.
Aos 21 anos de idade, o Hubble é um ‘coroa’ que ainda executa algumas tecnologias de computação da velha escola , incluindo um relativamente antigo Intel processador 486 . Hubble é um dos quatro “grandes observatórios” da NASA, os outros são o Chandra X-Ray Observatory, o Spitzer Space Telescope e o Compton Gamma Ray Observatory.

Spitzer Space Telescope, lançado em 2003

 

Organização: NASA, JPL e Caltech

Localização: Na sequência da Terra em torno o sol

Reivindicação à fama: Spitzer é o último de quatro grandes observatórios da NASA no espaço. Mas ao contrário de seu irmão mais velho, o Hubble, que obtém imagens principalmente em luz visível, o Spitzer ‘observa’ em infravermelho. Assim, o telescópio não apenas enxerga em uma frequência que não podemos, como o faz enquanto arrasta a Terra a cerca de 0,1 UA (1 unidade astronômica é a distância média entre a Terra eo Sol), estando, portanto, livre de qualquer distorção ou aberração provocada ela atmosfera.
A luz infravermelha transporta informações sobre os objetos mais frios do espaço, tal como uma pequena estrela que produz pouca luz visível, planetas extra-solares e grandes nuvens moleculares. Muitas moléculas estão dispersas no espaço, incluindo as orgânicas, podem ser detectadas pelo telescópio.
Como o infravermelho é basicamente uma radiação de calor, o telescópio deve ser esfriado próximo ao zero absoluto, ou seja a -273º Celsius, para poder observar sinais do espaço sem sofrer a interferência do calor do próprio telescópio.
Também ele deverá ser protegido do Sol e das radiações infravermelhas provenientes da Terra. Para fazer tudo isso o telescópio Spitzer leva um escudo solar e foi lançado em uma órbita distante da Terra. Assim o telescópio pode se esfriar rapidamente sem ter que transporta uma grande quantidade de criogênio, reduzindo o custo da missão.
O Spitzer viu a primeira prova de “Júpiter quente” e dos exoplanetas gasosos gigantes que atingem temperaturas elevadíssimas de um lado e esfriam do outro. Veja esta imagem deslumbrante da formação de várias gerações de estrelas.

Large Binocular Telescope, Outubro de 2005

 

Organização: E.U., Japão e colaboração da Alemanha

Localização: Monte Graham, sudeste do Arizona

Reivindicação à fama: O ‘Grande Telescópio Binocular’ mostra que dois espelhos são melhores que um. São dois espelhos de 8,4 metros de aberura que trabalham em conjunto para fornecer a resolução equivalente a um espelho de 11,8 metros , e são 10 vezes mais potentes que o do Hubble. Esta montanha só é um grande local para exibição tranquila, mas a localização do observatório se mostrou problemática por outros motivos. Os ambientalistas queriam proteger o pico dos esquilos vermelhos que são nativos da região. Alguns americanos nativos da tribo Apache lutaram contra o telescópio, dizendo que o Monte Graham era um local sagrado para a cultura deles. E em 1996 e 2004, dois incêndios ocorreram perigosamente perto do observatório, mas o binocular permaneceu são e salvo.

Fermi Gamma-Ray Space Telescope, lançado em 2008

 

Organização: NASA, o Departamento de Energia dos E.U., França, Alemanha, Itália, Japão e Suécia

Localização: baixa órbita da Terra

Características: Mede a radiação mais poderosa do universo. Buracos negros supermassivos, as colisões de estrelas de nêutrons e algumas supernovas produzem rajadas de raios gama, que carregam muito mais energia do que qualquer coisa possível na Terra. Felizmente, a atmosfera da Terra protege-nos criando uma barreira cósmica, portanto, qualquer telescópio que procuram medir os raios gama devem fazê-lo em órbita. A missão era antigamente chamada de Gamma Ray Large Area Space Telescope (dublado e com a sigla fica GLAST). Eles finalmente rebatizaram o telescópio depois do século 20 em homenagem ao grande físico Italiano Enrico Fermi, e passaram a chamá-lo simplesmente de “Fermi”.

domingo, 11 de setembro de 2011

Cientistas dos EUA descobrem supernova jovem e próxima


Astrônomos avisam que em breve será possível ver a explosão estelar com um par de binóculos

Astrônomos da Califórnia descobriram a mais próxima e mais brilhante supernova de seu tipo em 25 anos, capturando o brilho de uma minúscula estrela autodestrutiva a meros 21 milhões de anos-luz da Terra e, que em breve será visível para os amadores observadores do céu.

A descoberta, anunciada na quarta-feira (7), foi feita no que se acreditava ser as primeiras horas de uma rara explosão cósmica, por meio de um telescópio especial no Observatório Palomar, perto de San Diego, e com supercomputadores poderosos em um laboratório do governo em Berkeley.

A detecção tão cedo de uma supernova tão perto mobilizou astrônomos de todo o mundo, que estão se empenhando para observá-la com qualquer
 telescópio à disposição, incluindo o gigante Telescópio Espacial Hubble.

Os cientistas por trás da descoberta no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e a Universidade da Califórnia, no câmpus de Berkeley, disseram que o fenômeno extraordinário - chamado pelo nome um tanto obscuro de PTF 11kly - provavelmente se tornará a supernova mais estudada da história.

"É um clássico cósmico instantâneo", disse Peter Nugent, cientista-sênior da UC Berkeley que a viu primeiro.


A PTF 11kly apareceu na Galáxia Pinwheel, localizada na constelação Ursa Maior. A uma distância de cerca de 21 milhões de anos-luz, isso a coloca, na escala cósmica, praticamente "no nosso quintal". A maioria das supernovas descobertas com o telescópio Palomar de 48 polegadas estão a cerca de 1 bilhão de anos-luz de distância e muito longe para o público geral poder ver, explicou Nugent.

Inicialmente detectada em 24 de agosto, a PTF 11kly literalmente ficou mais brilhante a cada minuto e já estava 20 vezes mais luminosa em apenas um dia. Ela deve atingir seu pico em algum momento entre 9 e 12 de setembro, quando se tornará visível a observadores de estrelas com um bom par de binóculos ou um telescópio pequeno.

Nasa lança sondas gêmeas para estudar a Lua

Missão GRAIL foi lançada neste sábado para analisar a gravidade do satélite natural da Terra e compreender sua estrutura interna




Sondas foram lançadas à Lua, neste sábado, em viagem que durará de 3 a 4 meses Quatro décadas após levar o homem à Lua, a Nasa está retornando ao satélite natural da Terra, desta vez com um conjunto de sondas robôs gêmeas que vão medir a gravidade lunar enquanto perseguem um ao outro em círculos. Os dois robôs, chamados de Grail- A e Grail-B (acrônimo em inglês para Laboratório de Recuperação de Gravidade e Interior) foram lançados neste sábado, às 10h08, em um foguete não tripulado. O lançamento estava agendado para a quinta-feira (8), mas foi cancelado por conta do mau tempo na região do Cabo Canaveral, na Flórida, Estados Unidos.

Ao criar o mapa mais preciso da gravidade da Lua já feito, os cientistas esperam descobrir o que está abaixo da superfície lunar, até o núcleo do corpo celeste. As sondas também vão ajudar a estabelecer os melhor locais de pouso para futuras missões de exploração, tripuladas ou não.


Apesar do lançamento conjunto, as duas sondas, do tamanho de máquinas de lavar roupa, se separarão uma hora após o início do voo e viajarão à Lua de forma independente. Será uma longa viagem de ida e volta, de três a quatro meses – por causa do pequeno foguete Delta II usado para impulsionar as sondas. Os astronautas do programa Apollo usaram, para fins de comparação, o poderoso Saturn V, que fazia a distância de 386000 quilômetros até a Lua em meros três dias.

Os “gêmeos Grail” viajarão mais de 3,2 milhões de quilômetros para chegar à Lua nesta jornada mais lenta, mas bem mais econômica. O custo total da missão é de 496 milhões de dólares.

 
 















Ilustração mostra como as sondas gêmeas Grail vão analisar a gravidade lunar 


Lua, esta desconhecida 

O apelo da Lua é universal. Desde o início das viagens espaciais, em 1957, 109 missões foram à Lua, 12 homens andaram por sua superfície e 381 quilos de rohas e solo foram trazidos à Terra e ainda estão sendo estudados. Atualmente, três espaçonaves estão orbitando o satélite e fazendo estudos científicos, mas o plano de trazer mais astronautas de volta foi cancelado em favor de viagens a asteroides e a Marte.

Apesar disso, os cientistas ainda não têm um conhecimento completo da Lua. Sua formação ainda não é completamente compreendida -- esse é um dos objetivos da Grail -- e seu lado mais distante também é misterioso. "Seria de imaginar que após tantas missões, saberíamos pelo menos a diferença entre os dois lados da Lua, mas a verdade é que não sabemos," diz Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e principal cientista do projeto.

Pesquisas recentes sugerem que pode ter havido um segundo satélite, menor, que se colidiu com a atual Lua, produzindo uma região montanhosa. A missão Grail pode ajudar a confirmar esta teoria.

A Grail-A chegará à Lua na véspera de Natal, e a Grail-B em primeiro de janeiro de 2012. Ambas as sondas entrarão em órbita perto dos polos lunares e irão circular a meros 55 quilômetros da superfície. Por três meses, as sondas se perseguirão uma a outra em volta da Lua, voando em formação bem marcada. A distância entre elas será de 64 a 225 quilômetros.

Sinais de rádio fornecerão sua localização exata, mesmo quando estiverem do outro lado da Lua. Será possível medir, através das variações das órbitas das sondas, os diferentes acidentes geográficos lunares, acima ou abaixo da superfície, como montanhas, reservatórios de lava e crateras. "Podemos medir as diferenças de velocidade entre as duas Grails até um décimo de mícron por segundo. É uma medição extremamente precisa," diz Maria. Para efeito de comparação, um décimo de mícron é o tamanho de um glóbulo vermelho do sangue humano.

O campo gravitacional lunar é o mais irregular do sistema solar, de acordo com a Nasa. A gravidade da Lua tem cerca de um sexto da terrestre.

Quando sua missão acabar, no fim do primeiro semestre de 2012, as sondas estarão a 16 quilômetros da superfície lunar e deverão cair na Lua. Além dos instrumentos científicos, as naves estão levando uma câmera de vídeo digital, que transmitirá imagens a escolas do mundo todo. Esta é o segundo lançamento de sondas espaciais da Nasa desde o fim do programa do ônibus espacial em julho. A sonda Juno foi enviada a Júpiter em 5 de agosto passado.

(Com informações da AP e da Reuters)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Três objetos gigantescos voando em direção à Terra

Craig Kasnov, um astrofísico do SETI,  anunciou que 3 gigantescos objetos estão se aproximando da Terra rapidamente.  O comprimento destes OVNIs é de dezenas de quilômetros.  De acordo com cálculos de cientistas, eles deverão chegar à Terra em meados de dezembro de 2012, data esta que coincide com o final do calendário Maia.
Confira esta informação, acessando o site http://www.sky-map.org/, e colando as coordenadas abaixo de cada foto lá (uma por vez):



 
16 19 35 -88 43 10
 
19 25 12 -89 46 03
 
02 26 39 -89 43 13

Os participantes do projeto asseguraram que isto é absolutamente real e que a NASA está tentando esconder esta informação.
Nenhum destes objetos podem ser vistos do hemisfério norte.  A segunda parte de cada coordenada indica que os objetos estão vindo do espaço no hemisfério sul.
Kasnov diz: “De qualquer forma, a única coisa que podemos fazer é esperar por eles. Logo os objetos celestiais serão visíveis aos que usarem um bom telescópio”.

"Este blog não pode assegurar que estas informações sejam reais e neste momento não temos maiores detalhes a respeito desta notícia.  Contudo, ficaremos atentos para qualquer novidade."

Fonte: www.theexaminer.com

sábado, 3 de setembro de 2011

Futuro do Universo pode estar influenciando o presente



Futuro do Universo pode estar influenciando o presente


















Quando se pensa o Universo a partir das leis da mecânica quântica começam a fazer sentido algumas ideias aparentemente inconcebíveis.[Imagem: Anne Goodsell/Tommi Hakala]

Influências do futuro sobre o passado
Uma reformulação radical da mecânica quântica sugere que o Universo tem um destino definido, e que esse destino já traçado volta no tempo para influenciar o passado, ou o presente.
É uma afirmação alucinante, mas alguns cosmólogos já acreditam que uma reformulação radical da mecânica quântica, na qual o futuro pode afetar o passado, poderia resolver alguns dos maiores mistérios do universo, incluindo a forma como a vida surgiu.
E, além da origem da vida, poderia ainda explicar a fonte da energia escura e resolver outros enigmas cósmicos.
O que é mais impressionante é que os pesquisadores afirmam que recentes experimentos de laboratório confirmam de forma dramática os conceitos que servem de base para esta reformulação.

Futuro do Universo pode estar influenciando o presente

Ordem oculta na incerteza
O cosmólogo Paul Davies, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, está iniciando um projeto para investigar que influência o futuro pode estar tendo no presente, com a ajuda do Instituto FQXi, uma entidade sem fins lucrativos cuja proposta é discutir as questões fundamentais da física e do Universo.
É um projeto que vem sendo acalentado há mais de 30 anos, desde que Davies ouviu falar pela primeira vez das tentativas do físico Yakir Aharonov para chegar à raiz de alguns dos paradoxos da mecânica quântica.
Um desses paradoxos é o aparente indeterminismo da teoria: você não pode prever com precisão o resultado de experimentos com uma partícula quântica; execute exatamente o mesmo experimento em duas partículas idênticas e você vai obter dois resultados diferentes.
Enquanto a maioria dos físicos que se confrontaram com esse problema concluíram que a realidade é, fundamentalmente, profundamente aleatória, Aharonov argumenta que há uma ordem oculta dentro da incerteza. Mas, para entender sua origem, é necessário um salto de imaginação que nos leva além da nossa visão tradicional de tempo e causalidade.
Em sua reinterpretação radical da mecânica quântica, Aharonov argumenta que duas partículas aparentemente idênticas comportam-se de maneiras diferentes sob as mesmas condições porque elas são fundamentalmente diferentes. Nós apenas não detectamos esta diferença no presente porque ela só pode ser revelada por experiências realizadas no futuro.
"É uma ideia muito, muito profunda", diz Davies.


Futuro do Universo pode estar influenciando o presente




Consequências presentes do futuro
A abordagem de Aharonov sobre a mecânica quântica pode explicar todos os resultados normais que as interpretações convencionais também conseguem, mas tem a vantagem adicional de explicar também o aparente indeterminismo da natureza.
Além do mais, uma teoria na qual o futuro pode influenciar o passado pode ter repercussões enormes e muito necessárias para a nossa compreensão do universo, diz Davies.
Os cosmólogos que estudam as condições do início do universo ficam intrigados sobre o porquê do cosmos parecer tão idealmente talhado para a vida.
Mas há também outros mistérios: Por que é que a expansão do universo está se acelerando? Qual é a origem dos campos magnéticos visto nas galáxias? E por que alguns raios cósmicos parecem ter energias impossivelmente altas?
Estas questões não podem ser respondidas apenas olhando para as condições passadas do universo.
Mas talvez, pondera Davies, se o cosmos já tem definidas algumas condições finais nele próprio - um destino -, então isto, combinado com a influência das condições iniciais estabelecidas no início do universo, pode perfeitamente explicar estes enigmas cósmicos.
Futuro do Universo pode estar influenciando o presente
Aharonov já teve ideias menos extravagantes, como a aplicação da nanotecnologia à água. [Imagem: Katsir et al.]

Testando a flecha do tempo
É uma ideia muito boa - embora extremamente estranha.
Mas haveria alguma maneira de verificar a sua viabilidade? Dado que ela invoca um futuro ao qual ainda não temos acesso como causa parcial do presente, isto parece ser uma tarefa impossível.
No entanto, testes de laboratório engenhosamente inventados recentemente colocaram o futuro em teste e descobriram que ele poderia realmente estar afetando o passado.
Aharonov e seus colegas previram há muito tempo que, para certos experimentos quânticos muito específicos, realizados em três etapas sucessivas, o modo como a terceira e última etapa é realizada pode mudar dramaticamente as propriedades medidas durante o passo intermediário. Assim, ações realizadas no futuro (na terceira etapa), seriam vistas afetando os resultados das medições efetuadas no passado (na segunda etapa).
Em particular, nos últimos dois anos, equipes experimentalistas realizaram repetidamente experiências com lasers que mostram que, ajustando o passo final do experimento, é possível introduzir amplificações dramáticas no montante pelo qual o feixe de laser é desviado durante as etapas intermediárias do experimento. Em alguns casos, a deflexão observada durante a etapa intermediária pode ser amplificada por um fator de 10.000, dependendo das escolhas feitas na etapa final.
Estes resultados estranhos podem ser explicados de forma simples pelo quadro traçado por Aharonov: a amplificação intermediária é o resultado da combinação de ações realizadas tanto no passado (na primeira etapa) quanto no futuro (na etapa final).
É muito mais complicado explicar esses resultados usando interpretações tradicionais da mecânica quântica, afirma Andrew Jordan, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, que ajudou a conceber um dos experimentos com laser.
A situação pode ser comparada à forma como o modelo heliocêntrico do Sistema Solar, de Copérnico, e o modelo geocêntrico de Ptolomeu, ambos fornecem interpretações válidas dos mesmos dados planetários, mas o modelo heliocêntrico é muito mais simples e mais elegante.
Futuro do Universo pode estar influenciando o presente
Uma das ideias "selvagens" mais recentes de Davies foi a de uma viagem sem volta a Marte. [Imagem: NASA/JPL]

Consequências cósmicas
Embora os experimentos com laser estejam dando boas notícias para a equipe, Davies, Aharonov, Tollaksen e seu colega Menas Kefatos, da Universidade Chapman, na Califórnia, estão agora à procura de consequências cósmicas observáveis de informações do futuro influenciando o passado.
Um bom lugar para procurar é a radiação cósmica de fundo (CMB), o "brilho" remanescente do Big Bang. A CMB tem ondulações fracas de calor e frio e, trinta anos atrás, Davies desenvolveu um modelo com seu então aluno Tim Bunch que descreve essas ondas no nível quântico.
Davies e Tollaksen estão agora revisando este modelo no novo arcabouço quântico.
Físicos têm ideias já bem desenvolvidas sobre como era o estado inicial do universo e como pode acabar sendo seu estado final - muito provavelmente um vácuo, o resultado inevitável da contínua expansão.
A equipe está colocando estas ideias junto com seu novo modelo para ver se ele consegue prever assinaturas características da influência do futuro na CMB que possam ser captadas pelo telescópio espacial Planck.
"A cosmologia é um caso ideal para esta abordagem," afirma Bill Unruh, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. "Desde que Aharonov encontrou esses resultados tão estranhos em algumas situações, vale a pena olhar para a cosmologia."
Davies ainda não sabe se essas ideias vão produzir resultados. Mas se o fizerem, seria revolucionário.
"A coisa mais notável sobre Paul," avalia Michael Berry, da Universidade de Bristol, "é que ele tem ideias muito selvagens combinadas com extremo cuidado e sobriedade."
Este pode ser exatamente o caráter necessário para fazer um grande avanço. Pode até ser o destino de Davies, uma mescla de seu futuro e de seu passado.