terça-feira, 20 de março de 2012

Asteroide passará entre satélites artificiais e a Terra



Órbitas gêmeas


O "2012 DA14" tem uma órbita muito parecida 
com a da Terra, com um período de 366,24 dias, apenas 
mais um dia que o nosso ano terrestre.[Imagem: ESA/La Sagra Sky Survey] 
Uma equipe de astrônomos amadores espanhóis descobriu um asteroide incomum, batizado de "2012 DA14", no último dia 22 de Fevereiro.


Por ser muito pequeno e ter uma órbita incomum, ele só foi visto depois de ter passado pela Terra, a uma distância de cerca de sete vezes a distância da Lua.


No entanto, as previsões indicam que ele vai voltar no ano que vem.


E, nesta sua próxima passagem, prevista para 15 de Fevereiro de 2013, ele passará a apenas 24.000 km da Terra - mais perto do que a maioria dos satélites artificiais de comunicação.


"Um cálculo preliminar da sua órbita mostra que o 2012 DA14 tem uma órbita muito parecida com a da Terra, com um período de 366,24 dias, apenas mais um dia que o nosso ano terrestre, e ele 'salta' para dentro e para fora do caminho da Terra duas vezes por ano," explica Jaime Nomen, um dos descobridores do asteroide.


Distância segura, mas monitorada


Apesar da grande aproximação na próxima passagem, a agência espacial europeia (ESA) afirma ser uma distância segura, mas que requer um acompanhamento.


"Esta é uma distância segura, mas perto o suficiente para deixar o asteroide visível com binóculos comuns," afirmou Detlef Koschny, responsável por monitorar os chamados "objetos próximos da Terra".


"Nós vamos também estar atentos para ver a órbita resultante do asteroide depois da próxima passagem, a fim de calcular futuros riscos de impacto," completou Koschny.


Olhou, achou


O asteroide foi descoberto pelo observatório de rastreio La Sagra, no sudeste da Espanha, perto de Granada, a uma altitude de 1.700 m, um dos pontos com menos poluição luminosa no continente europeu.


O observatório descobre centenas de asteroides e cometas todos os anos.


A equipe usou vários telescópios automatizados para rastrear o céu, e a descoberta ocorreu meio por acaso, depois que os astrônomos amadores decidiram pesquisar áreas do céu onde os asteroides não são geralmente vistos - ou não suficientemente procurados.


Embora um impacto com a Terra tenha sido descartado na próxima passagem do asteroide pela Terra, os astrônomos afirmam que irão usar essa super aproximação para fazer mais estudos e calcular os efeitos gravitacionais da Terra e da Lua sobre ele.
COMUNICADO

O C.A.A - CLUBE DE ASTRONOMIA DE AMONTADA POR MOTIVOS DE FORÇA MAIOR TEVE QUE PERMANECER INATIVO POR ALGUNS MESES MAS JA ESTAMOS VOLTANDO COM FORÇA TOTAL PRA LEVARMOS A TODOS OS AMANTES DE ASTRONOMIA E CURIOSOS SOBRE O ASSUNTO...NOVIDADES SOBRE ESSA CIENCIA MARAVILHOSA QUE ESTUDA OS ASTROS E DESCOBRIRMOS TODOS OS SEGREDOS POR TRAS DESSE INTRIGANTE UNIVERSO MAS SEM ESQUECER DE QUE ESTAMOS FALANDO DE UMA CRIAÇÃO EXTRITAMENTE DIVINA....


AGRADEÇE DESDE JA A DIRETORIA DO C.A.A


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Astrônomos revelam a aparência e a anatomia de um buraco negro


Super buraco negro

Uma frota de observatórios e telescópios espaciais, incluindo o XMM-Newton e o Integral, descreveram com um detalhamento nunca antes atingido o que se passa nas proximidades de um buraco negro supermassivo.

O estudo revelou que enormes "projéteis" de gás afastam-se velozmente do "monstro gravitacional".

O buraco negro em estudo fica no coração da galáxia Markarian 509, a 500 milhões de anos-luz. Este buraco negro é colossal, com 300 milhões de vezes a massa do sol, tornando-se cada vez maior à medida que vai se alimentando da matéria ao seu redor.

O Markarian 509 foi escolhido por já se saber que o seu brilho varia, uma indicação de que o fluxo de matéria para o buraco negro é turbulento. A radiação desta região interior desencadeia um fluxo de gás para fora do buraco negro.

Fotografia completa de um buraco negro

O buraco negro foi monitorado durante 100 dias. "O XMM-Newton liderou estas observações em virtude da sua vasta cobertura de raios X, além da câmara de monitoramento óptica," disse Jelle Kaastra, do Instituto SRON, na Holanda, que coordenou a equipe internacional de 26 astrônomos de 21 institutos em quatro continentes que conduziu estas observações.

Além do XMM-Newton e do Integral, da ESA, foram usados o Telescópio Hubble, os satélites da NASA Chandra e Swift, e os telescópios de terra WHT e PARITEL.

Em conjunto, estes instrumentos ofereceram uma cobertura em termos de comprimento de onda sem precedentes: desde o infravermelho, passando pelo visível, ultravioleta, raios X e até à banda dos raios gama.

Durante a campanha de observação, a galáxia superou o previsto: em lugar das flutuações no brilho da ordem dos 25%, a variação saltou para 60% na banda dos raios X, o que indica a ocorrência de uma perturbação maior no escoamento do gás no buraco negro.

Anatomia do buraco negro

As observações vieram mostrar que o escoamento consiste em projéteis gigantes, ejetados a milhões de quilômetros por hora. Os projéteis são arrancados de um reservatório de matéria, prestes a cair no buraco negro.

A surpresa é que o reservatório está situado a mais de 15 anos-luz do buraco negro.
Muito mais distante do que aquilo que os astrônomos julgaram ser possível para o horizonte de eventos.

"A origem deste gás que escapa tem sido tema de discussões em astronomia já há algum tempo," diz Kaastra.

O reservatório de gás empoeirado tem a forma de um biscoito (um anel grosso, ou toroide) que envolve o buraco negro. A matéria entra em espiral na direção do buraco negro, criando um disco de acreção no qual o gás se comporta como a água escoando pelo ralo de uma pia.

Disco de acreção

As observações mostraram também que o disco de acreção apresenta uma "pele" de gás com uma temperatura de milhões de graus. É daqui que vêm os raios X e raios gama que empurram o gás mais distante para fora.

"Os resultados reforçam a importância de manter observações a longo prazo e campanhas de monitoração para se ganhar uma compreensão mais profunda de objetos astrofísicos variáveis. O XMM-Newton passou por todas as necessárias mudanças organizacionais para permitir estas observações, agora o esforço compensou," disse Norbert Schartel, cientista da ESA para o XMM-Newton.