terça-feira, 4 de outubro de 2011

Astrônomos revelam a aparência e a anatomia de um buraco negro


Super buraco negro

Uma frota de observatórios e telescópios espaciais, incluindo o XMM-Newton e o Integral, descreveram com um detalhamento nunca antes atingido o que se passa nas proximidades de um buraco negro supermassivo.

O estudo revelou que enormes "projéteis" de gás afastam-se velozmente do "monstro gravitacional".

O buraco negro em estudo fica no coração da galáxia Markarian 509, a 500 milhões de anos-luz. Este buraco negro é colossal, com 300 milhões de vezes a massa do sol, tornando-se cada vez maior à medida que vai se alimentando da matéria ao seu redor.

O Markarian 509 foi escolhido por já se saber que o seu brilho varia, uma indicação de que o fluxo de matéria para o buraco negro é turbulento. A radiação desta região interior desencadeia um fluxo de gás para fora do buraco negro.

Fotografia completa de um buraco negro

O buraco negro foi monitorado durante 100 dias. "O XMM-Newton liderou estas observações em virtude da sua vasta cobertura de raios X, além da câmara de monitoramento óptica," disse Jelle Kaastra, do Instituto SRON, na Holanda, que coordenou a equipe internacional de 26 astrônomos de 21 institutos em quatro continentes que conduziu estas observações.

Além do XMM-Newton e do Integral, da ESA, foram usados o Telescópio Hubble, os satélites da NASA Chandra e Swift, e os telescópios de terra WHT e PARITEL.

Em conjunto, estes instrumentos ofereceram uma cobertura em termos de comprimento de onda sem precedentes: desde o infravermelho, passando pelo visível, ultravioleta, raios X e até à banda dos raios gama.

Durante a campanha de observação, a galáxia superou o previsto: em lugar das flutuações no brilho da ordem dos 25%, a variação saltou para 60% na banda dos raios X, o que indica a ocorrência de uma perturbação maior no escoamento do gás no buraco negro.

Anatomia do buraco negro

As observações vieram mostrar que o escoamento consiste em projéteis gigantes, ejetados a milhões de quilômetros por hora. Os projéteis são arrancados de um reservatório de matéria, prestes a cair no buraco negro.

A surpresa é que o reservatório está situado a mais de 15 anos-luz do buraco negro.
Muito mais distante do que aquilo que os astrônomos julgaram ser possível para o horizonte de eventos.

"A origem deste gás que escapa tem sido tema de discussões em astronomia já há algum tempo," diz Kaastra.

O reservatório de gás empoeirado tem a forma de um biscoito (um anel grosso, ou toroide) que envolve o buraco negro. A matéria entra em espiral na direção do buraco negro, criando um disco de acreção no qual o gás se comporta como a água escoando pelo ralo de uma pia.

Disco de acreção

As observações mostraram também que o disco de acreção apresenta uma "pele" de gás com uma temperatura de milhões de graus. É daqui que vêm os raios X e raios gama que empurram o gás mais distante para fora.

"Os resultados reforçam a importância de manter observações a longo prazo e campanhas de monitoração para se ganhar uma compreensão mais profunda de objetos astrofísicos variáveis. O XMM-Newton passou por todas as necessárias mudanças organizacionais para permitir estas observações, agora o esforço compensou," disse Norbert Schartel, cientista da ESA para o XMM-Newton.


Nasa vai abrir vagas para astronautas a partir de novembro

Foto: NASA via Getty Images
Novos astronautas vão trabalhar na ISS. Na imagem, Alvin Drew em missão fora de ônibus espacial

A agência espacial americana anunciou nesta segunda-feira (3) que vai abrir, a partir de novembro, uma série de vagas para novos astronautas que vão trabalhar na Estação Espacial Internacional (ISS) e nas futuras viagens tripuladas ao espaço.

"Para cientistas, engenheiros e outros profissionais que sonharam em voar para o espaço, este é um momento emocionante para entrar e fazer parte do corpo de astronautas", afirmou Janet Kavandi, diretora de operações da tripulação de voo no Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston.

Kavandi disse que os novos astronautas "terão oportunidade de participar dos programas de prospecção da Nasa, que incluem missões além da órbita terrestre", avisando que quem participar das missões de apoio do complexo espacial "chegará a bordo nos novos sistemas de transporte que estão sendo desenvolvidos agora".

Os candidatos, que devem ser formados nas áreas de Engenharia, Ciências ou Matemática e ter pelo menos três anos de experiência profissional, começarão a ser entrevistados ainda neste ano. Os aprovados serão anunciados somente em 2013, já que os treinamentos estão previstos para agosto daquele ano.

Obrigatoriamente, os candidatos devem ser cidadãos americanos. Apesar de não haver um limite de idade, os astronautas têm de 26 a 46 anos de idade, segundo a Nasa.

Reveladas as primeiras imagens do projeto astronômico ALMA

(Fonte da imagem: Projeto ALMA)
O grande projeto astronômico do Atacama, no Chile, acaba de abrir oficialmente para os astrônomos. Após um grande período de trabalho e ainda em construção, o ALMA iniciou as suas atividades, com alguns dos maiores e mais poderosos telescópios já criados. A observação (em regime de teste) foi executada por 12 das 66 antenas do projeto.

O ALMA se localiza na Planície Chajnantor, a 5.000 metros de altitude e o clima extremamente seco da região favorece a radioastronomia. O ALMA é capaz de captar comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos 1.000 vezes mais longos do que aqueles da luz visível.

Isso possibilita a observação de objetos há uma distância muito grande, além de permitir a visão através de gás e nuvens de poeira cósmica. Devido a tanta precisão, milhares de cientistas tentaram ser os primeiros dentre os escolhidos para as primeiras pesquisas que foram abertas pelo projeto ALMA.

(Fonte da imagem: Projeto ALMA)
Para completar o projeto, há a previsão de que ainda sejam necessários mais dois anos. Porém, quando ele estiver operando em capacidade total, será possível explorar o Cosmo como nunca feito antes. Ele possibilitará a obtenção de imagens referentes a elementos que estariam completamente invisíveis para os telescópios convencionais.

O ALMA é extremamente versátil, pois os telescópios trabalham de maneira cooperativa. Com isso, eles fornecem uma série de ângulos de visão, além de uma aproximação de imagem para obter detalhes do que está em observação.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Segundo satélite artificial cairá sobre a Terra em Outubro



Caindo Inteiro

O satélite UARS caiu, felizmente, sem causar vítimas.

Mas vem aí um novo lixo espacial. E, desta vez, um com potencial para causar muitos danos, caso atinja alguma área habitada.

O telescópio espacial alemão ROSAT deverá cair no final de Outubro ou início de Novembro, segundo os melhores cálculos da DLR, a agência espacial alemã.

O grande problema, porém, é que o ROSAT foi construído de tal forma que ele deverá resistir à reentrada na atmosfera, não se queimando quase integralmente, como aconteceu com o UARS.

Por isso, e devido à sua órbita, a chance de fazer alguma vítima humana é de 1 em 2.000 - a chance do UARS atingir alguém era de 1 em 3.200.

Blindagem contra calor
O ROSAT (ROentgen SATellite) foi lançado em 1990 e atingiu o fim da sua vida útil em 1999. Ele é menor do que o UARS, pesando 2,4 toneladas.

Ele protagonizou descobertas importantes como, por exemplo, testes sobre uma teoria unificada da física. Brasileiros participam da busca por teoria unificada da Física

O grande problema é que ele foi construído para observar raios X no espaço. Com isto, seus espelhos tiveram que ser fortemente blindados contra o calor, que poderia atrapalhar suas sensíveis observações. 

Graças a essa blindagem, é praticamente certo que seus espelhos e praticamente toda a sua estrutura sobrevivam à reentrada.

E, como o UARS, o telescópio desativado não tem motores a bordo, que possam ser usados para comandar uma reentrada guiada. O resultado serão outros dias de expectativa.

"Até 30 destroços individuais, com uma massa de até 1,6 tonelada deverão atingir a superfície da Terra. O sistema óptico de raios X, com seus espelhos e um suporte mecânico feita com compósito reforçado com fibra de carbono - ou ao menos parte dele - deverão ser os componentes individuais mais pesados a atingir o solo," afirmou a DLR.

Queda de satélites

O momento de reentrada do ROSAT, assim como de qualquer outro lixo espacial, é determinado por dois fatores principais.

O primeiro é a geometria do objeto, que pode funcionar como um freio mais ou menos potente, acelerando ou retardando sua queda.

O segundo é o comportamento da própria atmosfera, que se expande e se contrai em reação à intensidade da atividade solar. Quanto mais densa a atmosfera, maior é o arrasto imposto sobre o objeto, que cai mais rápido.

Desta forma, conforme a atividade solar aumenta ao longo de seu ciclo de 11 anos, é maior o volume de lixo espacial que ameaça cair sobre a Terra.


Riscos do lixo espacial 

E talvez seja com se acostumar com notícias desse tipo.

A maior incidência de quedas que está se verificando agora é resultado de uma intensa atividade espacial na década de 1990, com um número de lançamentos duas vezes maior do que a atual.

Os satélites lançados naquela época - que costumavam ser muito grandes - já atingiram ou estão se aproximando do final de sua vida útil.

Atualmente, há uma tendência para a construção de satélites menores, mais especializados.

Com isto, os futuros lixos espaciais que virão abaixo deverão ser menores, com maiores chances de se queimarem integralmente durante a reentrada.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Astrônomos encontram planeta invisível




















Planeta invisível

Nenhum planeta extrassolar - ou exoplaneta - foi exatamente "visto" no sentido literal do termo.

Como seu brilho é tênue demais em relação às suas estrelas, tudo o que os astrônomos detectam são pequenas variações no brilho da estrela, conforme o planeta cruza sua frente, ou pequenos "sacolejos" na órbita da estrela.

Mas agora Sarah Ballard e seus colegas do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos, fizeram uma descoberta inédita.

Eles detectaram um exoplaneta a partir de outro exoplaneta - se nem mesmo o exoplaneta já conhecido pode ser visto diretamente, o "novato" é de fato invisível.

Atraso planetário

Os dois planetas orbitam a estrela Kepler-19 - o sistema foi descoberto pelo telescópio espacial Kepler.

O exoplaneta Kepler-19b foi encontrado pelo método tradicional do trânsito. As variações que ele causa no brilho de sua estrela permitiram que os astrônomos calculassem que ele tem uma órbita de 9 dias e 7 horas. Tamanha proximidade da estrela, cerca de 13,5 milhões de km, faz com que ele tenha uma temperatura por volta de 480º C.

Mas o mais interessante foi perceber que o Kepler-19b apresenta uma variação em seu tempo orbital: ora ele se adianta, ora ele atrasa cinco minutos.

Esta é a indicação da existência do "planeta invisível", já devidamente catalogado como Kepler-19c. É a gravidade do planeta invisível atuando sobre o Kepler-19b que causa as variações no seu tempo orbital.

Urano e Netuno

Por enquanto, não é possível saber muito sobre ele.

"O Kepler-19c pode ter múltiplas personalidades, todas consistentes com nossos dados. Por exemplo, ele pode ser um planeta rochoso com uma órbita circular de 5 dias, ou pode ser um planeta gigante gasoso com uma órbita oblonga de 100 dias," disse Daniel Fabrycky, coautor da descoberta.

Embora seja curiosa, essa forma tão indireta de descobrir um planeta não é exatamente uma novidade.

Nosso vizinho Netuno foi encontrado de forma bem parecida, quando os astrônomos notaram variações na órbita do então já conhecido Urano.

Eles concluíram que um planeta mais distante estaria influenciando a órbita de Urano e, com base nas variações da órbita observada, em comparação com as previsões matemáticas, eles calcularam com grande exatidão para onde os telescópios deveriam ser apontados para que o novo mundo pudesse ser visto - foi "na mosca".

Descobertas dezesseis super-Terras, uma em zona habitável

Visão artística da super-Terra dentro da zona habitável da estrela HD 85512, na Constelação da Vela.





















Super-Terra habitável

Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) anunciou a descoberta de mais de 50 novos exoplanetas, incluindo 16 super-Terras, uma das quais orbita no limite da zona de habitabilidade da sua estrela.

Estudando as propriedades de todos os planetas descobertos até agora pelo instrumento HARPS, usado pela equipe, a equipe descobriu que cerca de 40% das estrelas semelhantes ao Sol possuem pelo menos um planeta mais leve que Saturno.

"A colheita de descobertas obtida pelo HARPS excedeu todas as expectativas e inclui uma população excepcionalmente rica em planetas do tipo super-Terra e do tipo de Netuno [Netuno tem cerca de dezessete vezes mais massa que a Terra], que orbitam estrelas muito semelhantes ao nosso Sol. Mais ainda - os novos resultados mostram que a taxa de descobertas está aumentando," disse Michel Mayor, da Universidade de Genebra, na Suíça.

Nos últimos oito anos, desde que começou a observar estrelas do tipo do Sol utilizando o método das velocidades radiais, o HARPS foi usado para descobrir mais de 150 novos planetas.

Cerca de dois terços de todos os exoplanetas conhecidos com massas menores que Netuno foram descobertos pelo HARPS.

Estrelas parecidas com o Sol

Trabalhando com observações de 376 estrelas do tipo solar, os astrônomos conseguiram estimar muito melhor qual a probabilidade de uma estrela como o Sol abrigar planetas de pequena massa (em oposição a planetas gigantes gasosos).

Descobriu-se que cerca de 40% destas estrelas possuem em órbita pelo menos um planeta de massa menor que Saturno. A maioria dos exoplanetas com massas da ordem de Netuno ou menores parecem encontrar-se em sistemas que apresentam planetas múltiplos.

Com sistemas de hardware e de software em processo de atualização, o HARPS está sendo preparado para o próximo nível de estabilidade e sensibilidade no intuito de procurar planetas rochosos que possam suportar vida.

Dez estrelas próximas, semelhantes ao Sol, foram selecionadas para um novo rastreio. Estas estrelas já tinham sido observadas pelo HARPS e sabia-se serem adequadas para medições de velocidades radiais extremamente precisas. Após dois anos de trabalho a equipe de astrônomos descobriu cinco novos planetas com massas cinco vezes menores que a massa da Terra.

"Estes planetas estarão entre os alvos principais dos futuros telescópios espaciais, que procurarão sinais de vida nas atmosferas dos planetas procurando assinaturas químicas tais como evidência de oxigênio," explica Francesco Pepe, do Observatório de Genebra, na Suíça.

Zona habitável

Para um destes novos planetas recentemente anunciados, o HD 85512 b, estima-se uma massa de apenas 3,6 vezes a massa da Terra. O planeta situa-se no limite da zona de habitabilidade - uma zona estreita em torno de uma estrela na qual, se as condições forem as corretas, a água pode estar presente sob a forma líquida.

"Este é o planeta de menor massa descoberto pelo método das velocidades radiais que se encontra potencialmente na zona de habitabilidade da sua estrela, e o segundo planeta de menor massa descoberto pelo HARPS dentro da zona de habitabilidade," acrescenta Lisa Kaltenegger, do Instituto Max Planck para a Astronomia, na Alemanha.

A precisão cada vez maior do novo rastreio do HARPS permite agora detectar planetas abaixo de duas massas terrestres. O HARPS tem atualmente uma sensibilidade que torna possível detectar amplitudes de velocidade radial significativamente menores que 4 km/hora - menores que a velocidade do caminhar humano.

"A detecção do exoplaneta HD 85512 b está longe do limite observacional do HARPS, o que demonstra bem a possibilidade de descobrir outras super-Terras em zonas de habitabilidade situadas em torno de estrelas semelhantes ao Sol," acrescenta Mayor.

Super-Terras

Planetas com massas entre uma e dez vezes a da Terra são chamados super-Terras.

Não existem planetas deste tipo no nosso Sistema Solar, mas parecem ser muito comuns em torno de outras estrelas.

Descobertas de tais planetas na zona habitável em torno das suas estrelas são muito interessantes porque - se os planetas forem rochosos e tiverem água, como a Terra - podem ser potenciais locais de vida.

Até agora, o HARPS encontrou duas super-Terras que podem estar na zona habitável.

A primeira super-Terra descoberta, Gliese 581 d, foi descoberta em 2007. Recentemente, o HARPS foi também utilizado para demonstrar que o outro candidato a super-Terra na zona habitável da estrela Gliese 581 (Gliese 581 g) não existe.






















Exoplanetas habitáveis

Os novos resultados deixam os astrônomos confiantes de que estão próximo de descobrir outros pequenos planetas rochosos habitáveis em torno de estrelas semelhantes ao nosso Sol.

Para isto, estão sendo planejados novos instrumentos, entre os quais uma cópia do HARPS, a ser instalada no Telescópio Nacional Galileu, nas ilhas Canárias, que fará um rastreio das estrelas no céu setentrional, e um descobridor de planetas novo e mais poderoso, chamado ESPRESSO, a ser instalado no Very Large Telescope do ESO, em 2016.

Olhando ainda para mais longe no futuro, também o instrumento CODEX, previsto para o European Extremely Large Telescope (E-ELT), levará esta técnica muito mais além.

"Nos próximos dez a vinte anos deveremos ter uma primeira lista de planetas potencialmente habitáveis na vizinhança do Sol. Tal lista torna-se essencial antes que experiências futuras possam procurar possíveis assinaturas de vida nas atmosferas dos exoplanetas, através de espectroscopia," conclui Michel Mayor, que descobriu em 1995 o primeiro exoplaneta em torno de uma estrela.

Técnica da velocidade radial

O instrumento HARPS mede a velocidade radial de uma estrela com extraordinária precisão.

Um planeta em órbita de uma estrela gera um movimento regular da estrela para a frente e para trás relativamente a um observador distante na Terra.

Devido ao efeito Doppler, esta variação de velocidade radial induz um desvio no espectro da estrela na direção dos maiores comprimentos de onda à medida que se afasta (chamado desvio para o vermelho) e um desvio para o azul (na direção dos comprimentos de onda menores) à medida que se aproxima.

Este pequeno desvio no espectro da estrela pode ser medido por um espectrógrafo de alta precisão, tal como o HARPS, e usado para inferir a presença de um planeta.

Utilizando o método das velocidades radiais, os astrônomos podem apenas estimar a massa mínima de um planeta, uma vez que a massa estimada depende também da inclinação do plano orbital relativamente à linha de visão, o qual é desconhecido.

No entanto, do ponto de vista estatístico, esta massa mínima encontra-se próxima da massa real do planeta.

Método do trânsito

Atualmente o número de exoplanetas conhecidos encontra-se próximo de 600.

Além dos exoplanetas descobertos através do método das velocidades radiais, mais de 1.200 candidatos a exoplanetas foram encontrados pela missão Kepler da NASA, utilizando um método alternativo, chamado trânsito - procura-se a pequena diminuição de brilho de uma estrela quando um planeta passa em frente desta e bloqueia parte da radiação.

A maioria dos planetas descobertos pelo método de trânsito encontra-se muito distantes de nós.

Em contrapartida, os planetas descobertos pelo HARPS situam-se em torno de estrelas próximas do Sol. Este fato torna-os melhores alvos para observações posteriores, feitas para muitos tipos de estudos adicionais.

Protejam as cabeças...Satélite cairá na terra entre quinta e sábado


 Um satélite da NASA vai cair na Terra entre quinta-feira e sábado. O aviso vem da Agência Espacial Norte Americana que está a monitorizar diariamente a aproximação da máquina não comandada de nome UARS, e ainda não sabe em que região do mundo vai cair. A probabilidade de alguém ser atingido e morrer devido à queda do UARS é de um em 3200, menor que 0,05 por cento.
O UARS, acrónimo para Upper Atmosphere Research Sattelite (Satélite de Investigação da Atmosfera Superior), pesa 5668 quilos e a NASA estima que há 26 peças que vão sobreviver à entrada na atmosfera que ao todo pesam 532 quilos. A peça mais pesada terá 158,3 quilos.

Os cientistas sabem que, devido à orbita onde o satélite se encontra, irá atingir uma região da Terra entre a latitude 57º Norte e 57º Sul, ou seja, todas as regiões habitadas do globo excepto o território a norte da latitude da Dinamarca. As 26 peças não vão cair todas na mesma região, a desintegração do satélite vai fazer com que elas se espalhem ao longo de 800 quilómetros.

Todos os dias a NASA vai actualizando a informação sobre a descida do satélite, a velocidade e o dia em que ele vai cair. Para já está previsto que seja a 23 de Setembro, na próxima sexta-feira, com um intervalo de mais ou menos um dia.

A NASA refere que desde o início da era espacial que máquinas maiores não comandadas já caíram na Terra e até agora não há registo de ninguém ferido ou morto por elas. Hoje, várias agências espaciais do mundo procuram construir satélites que reduzam o risco de vida humana durante a queda na Terra para um em 10.000.

O UARS foi lançado em 1991 para uma altitude de cerca de 575 quilómetros, onde esteve a medir a química da parte superior da atmosfera, e manteve as suas funções científicas até 2005. No final desse ano foi enviado para uma órbita mais inferior de cerca de 360 quilómetros de modo a acelerar a sua reentrada na Terra e evitar que se mantivesse muito tempo no espaço onde poderia colidir com outros satélites e multiplicar os pedaços de lixo espacial.

A NASA avisa ainda num comunicado para “não mexer, se encontrar algo que possa pensar ser uma peça do UARS” e para entrar em contacto com as autoridades locais e pedir ajuda.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os cinco telescópios mais potentes

Keck Observatory,iniciou sua atividade em 1993
 


Localização: Mauna Kea, no Havaí

Características: Na grande ilha isolada do Havaí os telescópios gêmeos Keck’s cada um com 10 metros de diâmetro. Quando eles foram construídos no início dos anos 1990 eles se tornaram os maiores desse tipo no mundo. O maior avanço do telescópio Keck foi a sua óptica adaptativa com espelhos controlados por computador que podem ser ajustado várias vezes por segundo, para compensar as perturbações atmosféricas em tempo real. Em atividade há 17 anos, é considerado o protótipo de uma nova geração de telescópios terrestres.

Telescópio Espacial Hubble, lançado em 1990



Organização: NASA e a Agência Espacial Europeia

Localização: órbita da Terra

Características: Ao capturar imagens icônicas, como a profundidade de campo, Nebulosa do Caranguejo e Nebulosa da Águia, o Hubble tornou-se o mais famoso telescópio do mundo. Será atualizado com um novo equipamento que será suficiente para mantê-lo funcionando e viável até 2012, quando cairá na terra puxado por sua gravidade e seu sucessor estará pronto para assumir seu posto.
Aos 21 anos de idade, o Hubble é um ‘coroa’ que ainda executa algumas tecnologias de computação da velha escola , incluindo um relativamente antigo Intel processador 486 . Hubble é um dos quatro “grandes observatórios” da NASA, os outros são o Chandra X-Ray Observatory, o Spitzer Space Telescope e o Compton Gamma Ray Observatory.

Spitzer Space Telescope, lançado em 2003

 

Organização: NASA, JPL e Caltech

Localização: Na sequência da Terra em torno o sol

Reivindicação à fama: Spitzer é o último de quatro grandes observatórios da NASA no espaço. Mas ao contrário de seu irmão mais velho, o Hubble, que obtém imagens principalmente em luz visível, o Spitzer ‘observa’ em infravermelho. Assim, o telescópio não apenas enxerga em uma frequência que não podemos, como o faz enquanto arrasta a Terra a cerca de 0,1 UA (1 unidade astronômica é a distância média entre a Terra eo Sol), estando, portanto, livre de qualquer distorção ou aberração provocada ela atmosfera.
A luz infravermelha transporta informações sobre os objetos mais frios do espaço, tal como uma pequena estrela que produz pouca luz visível, planetas extra-solares e grandes nuvens moleculares. Muitas moléculas estão dispersas no espaço, incluindo as orgânicas, podem ser detectadas pelo telescópio.
Como o infravermelho é basicamente uma radiação de calor, o telescópio deve ser esfriado próximo ao zero absoluto, ou seja a -273º Celsius, para poder observar sinais do espaço sem sofrer a interferência do calor do próprio telescópio.
Também ele deverá ser protegido do Sol e das radiações infravermelhas provenientes da Terra. Para fazer tudo isso o telescópio Spitzer leva um escudo solar e foi lançado em uma órbita distante da Terra. Assim o telescópio pode se esfriar rapidamente sem ter que transporta uma grande quantidade de criogênio, reduzindo o custo da missão.
O Spitzer viu a primeira prova de “Júpiter quente” e dos exoplanetas gasosos gigantes que atingem temperaturas elevadíssimas de um lado e esfriam do outro. Veja esta imagem deslumbrante da formação de várias gerações de estrelas.

Large Binocular Telescope, Outubro de 2005

 

Organização: E.U., Japão e colaboração da Alemanha

Localização: Monte Graham, sudeste do Arizona

Reivindicação à fama: O ‘Grande Telescópio Binocular’ mostra que dois espelhos são melhores que um. São dois espelhos de 8,4 metros de aberura que trabalham em conjunto para fornecer a resolução equivalente a um espelho de 11,8 metros , e são 10 vezes mais potentes que o do Hubble. Esta montanha só é um grande local para exibição tranquila, mas a localização do observatório se mostrou problemática por outros motivos. Os ambientalistas queriam proteger o pico dos esquilos vermelhos que são nativos da região. Alguns americanos nativos da tribo Apache lutaram contra o telescópio, dizendo que o Monte Graham era um local sagrado para a cultura deles. E em 1996 e 2004, dois incêndios ocorreram perigosamente perto do observatório, mas o binocular permaneceu são e salvo.

Fermi Gamma-Ray Space Telescope, lançado em 2008

 

Organização: NASA, o Departamento de Energia dos E.U., França, Alemanha, Itália, Japão e Suécia

Localização: baixa órbita da Terra

Características: Mede a radiação mais poderosa do universo. Buracos negros supermassivos, as colisões de estrelas de nêutrons e algumas supernovas produzem rajadas de raios gama, que carregam muito mais energia do que qualquer coisa possível na Terra. Felizmente, a atmosfera da Terra protege-nos criando uma barreira cósmica, portanto, qualquer telescópio que procuram medir os raios gama devem fazê-lo em órbita. A missão era antigamente chamada de Gamma Ray Large Area Space Telescope (dublado e com a sigla fica GLAST). Eles finalmente rebatizaram o telescópio depois do século 20 em homenagem ao grande físico Italiano Enrico Fermi, e passaram a chamá-lo simplesmente de “Fermi”.

domingo, 11 de setembro de 2011

Cientistas dos EUA descobrem supernova jovem e próxima


Astrônomos avisam que em breve será possível ver a explosão estelar com um par de binóculos

Astrônomos da Califórnia descobriram a mais próxima e mais brilhante supernova de seu tipo em 25 anos, capturando o brilho de uma minúscula estrela autodestrutiva a meros 21 milhões de anos-luz da Terra e, que em breve será visível para os amadores observadores do céu.

A descoberta, anunciada na quarta-feira (7), foi feita no que se acreditava ser as primeiras horas de uma rara explosão cósmica, por meio de um telescópio especial no Observatório Palomar, perto de San Diego, e com supercomputadores poderosos em um laboratório do governo em Berkeley.

A detecção tão cedo de uma supernova tão perto mobilizou astrônomos de todo o mundo, que estão se empenhando para observá-la com qualquer
 telescópio à disposição, incluindo o gigante Telescópio Espacial Hubble.

Os cientistas por trás da descoberta no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e a Universidade da Califórnia, no câmpus de Berkeley, disseram que o fenômeno extraordinário - chamado pelo nome um tanto obscuro de PTF 11kly - provavelmente se tornará a supernova mais estudada da história.

"É um clássico cósmico instantâneo", disse Peter Nugent, cientista-sênior da UC Berkeley que a viu primeiro.


A PTF 11kly apareceu na Galáxia Pinwheel, localizada na constelação Ursa Maior. A uma distância de cerca de 21 milhões de anos-luz, isso a coloca, na escala cósmica, praticamente "no nosso quintal". A maioria das supernovas descobertas com o telescópio Palomar de 48 polegadas estão a cerca de 1 bilhão de anos-luz de distância e muito longe para o público geral poder ver, explicou Nugent.

Inicialmente detectada em 24 de agosto, a PTF 11kly literalmente ficou mais brilhante a cada minuto e já estava 20 vezes mais luminosa em apenas um dia. Ela deve atingir seu pico em algum momento entre 9 e 12 de setembro, quando se tornará visível a observadores de estrelas com um bom par de binóculos ou um telescópio pequeno.

Nasa lança sondas gêmeas para estudar a Lua

Missão GRAIL foi lançada neste sábado para analisar a gravidade do satélite natural da Terra e compreender sua estrutura interna




Sondas foram lançadas à Lua, neste sábado, em viagem que durará de 3 a 4 meses Quatro décadas após levar o homem à Lua, a Nasa está retornando ao satélite natural da Terra, desta vez com um conjunto de sondas robôs gêmeas que vão medir a gravidade lunar enquanto perseguem um ao outro em círculos. Os dois robôs, chamados de Grail- A e Grail-B (acrônimo em inglês para Laboratório de Recuperação de Gravidade e Interior) foram lançados neste sábado, às 10h08, em um foguete não tripulado. O lançamento estava agendado para a quinta-feira (8), mas foi cancelado por conta do mau tempo na região do Cabo Canaveral, na Flórida, Estados Unidos.

Ao criar o mapa mais preciso da gravidade da Lua já feito, os cientistas esperam descobrir o que está abaixo da superfície lunar, até o núcleo do corpo celeste. As sondas também vão ajudar a estabelecer os melhor locais de pouso para futuras missões de exploração, tripuladas ou não.


Apesar do lançamento conjunto, as duas sondas, do tamanho de máquinas de lavar roupa, se separarão uma hora após o início do voo e viajarão à Lua de forma independente. Será uma longa viagem de ida e volta, de três a quatro meses – por causa do pequeno foguete Delta II usado para impulsionar as sondas. Os astronautas do programa Apollo usaram, para fins de comparação, o poderoso Saturn V, que fazia a distância de 386000 quilômetros até a Lua em meros três dias.

Os “gêmeos Grail” viajarão mais de 3,2 milhões de quilômetros para chegar à Lua nesta jornada mais lenta, mas bem mais econômica. O custo total da missão é de 496 milhões de dólares.

 
 















Ilustração mostra como as sondas gêmeas Grail vão analisar a gravidade lunar 


Lua, esta desconhecida 

O apelo da Lua é universal. Desde o início das viagens espaciais, em 1957, 109 missões foram à Lua, 12 homens andaram por sua superfície e 381 quilos de rohas e solo foram trazidos à Terra e ainda estão sendo estudados. Atualmente, três espaçonaves estão orbitando o satélite e fazendo estudos científicos, mas o plano de trazer mais astronautas de volta foi cancelado em favor de viagens a asteroides e a Marte.

Apesar disso, os cientistas ainda não têm um conhecimento completo da Lua. Sua formação ainda não é completamente compreendida -- esse é um dos objetivos da Grail -- e seu lado mais distante também é misterioso. "Seria de imaginar que após tantas missões, saberíamos pelo menos a diferença entre os dois lados da Lua, mas a verdade é que não sabemos," diz Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e principal cientista do projeto.

Pesquisas recentes sugerem que pode ter havido um segundo satélite, menor, que se colidiu com a atual Lua, produzindo uma região montanhosa. A missão Grail pode ajudar a confirmar esta teoria.

A Grail-A chegará à Lua na véspera de Natal, e a Grail-B em primeiro de janeiro de 2012. Ambas as sondas entrarão em órbita perto dos polos lunares e irão circular a meros 55 quilômetros da superfície. Por três meses, as sondas se perseguirão uma a outra em volta da Lua, voando em formação bem marcada. A distância entre elas será de 64 a 225 quilômetros.

Sinais de rádio fornecerão sua localização exata, mesmo quando estiverem do outro lado da Lua. Será possível medir, através das variações das órbitas das sondas, os diferentes acidentes geográficos lunares, acima ou abaixo da superfície, como montanhas, reservatórios de lava e crateras. "Podemos medir as diferenças de velocidade entre as duas Grails até um décimo de mícron por segundo. É uma medição extremamente precisa," diz Maria. Para efeito de comparação, um décimo de mícron é o tamanho de um glóbulo vermelho do sangue humano.

O campo gravitacional lunar é o mais irregular do sistema solar, de acordo com a Nasa. A gravidade da Lua tem cerca de um sexto da terrestre.

Quando sua missão acabar, no fim do primeiro semestre de 2012, as sondas estarão a 16 quilômetros da superfície lunar e deverão cair na Lua. Além dos instrumentos científicos, as naves estão levando uma câmera de vídeo digital, que transmitirá imagens a escolas do mundo todo. Esta é o segundo lançamento de sondas espaciais da Nasa desde o fim do programa do ônibus espacial em julho. A sonda Juno foi enviada a Júpiter em 5 de agosto passado.

(Com informações da AP e da Reuters)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Três objetos gigantescos voando em direção à Terra

Craig Kasnov, um astrofísico do SETI,  anunciou que 3 gigantescos objetos estão se aproximando da Terra rapidamente.  O comprimento destes OVNIs é de dezenas de quilômetros.  De acordo com cálculos de cientistas, eles deverão chegar à Terra em meados de dezembro de 2012, data esta que coincide com o final do calendário Maia.
Confira esta informação, acessando o site http://www.sky-map.org/, e colando as coordenadas abaixo de cada foto lá (uma por vez):



 
16 19 35 -88 43 10
 
19 25 12 -89 46 03
 
02 26 39 -89 43 13

Os participantes do projeto asseguraram que isto é absolutamente real e que a NASA está tentando esconder esta informação.
Nenhum destes objetos podem ser vistos do hemisfério norte.  A segunda parte de cada coordenada indica que os objetos estão vindo do espaço no hemisfério sul.
Kasnov diz: “De qualquer forma, a única coisa que podemos fazer é esperar por eles. Logo os objetos celestiais serão visíveis aos que usarem um bom telescópio”.

"Este blog não pode assegurar que estas informações sejam reais e neste momento não temos maiores detalhes a respeito desta notícia.  Contudo, ficaremos atentos para qualquer novidade."

Fonte: www.theexaminer.com

sábado, 3 de setembro de 2011

Futuro do Universo pode estar influenciando o presente



Futuro do Universo pode estar influenciando o presente


















Quando se pensa o Universo a partir das leis da mecânica quântica começam a fazer sentido algumas ideias aparentemente inconcebíveis.[Imagem: Anne Goodsell/Tommi Hakala]

Influências do futuro sobre o passado
Uma reformulação radical da mecânica quântica sugere que o Universo tem um destino definido, e que esse destino já traçado volta no tempo para influenciar o passado, ou o presente.
É uma afirmação alucinante, mas alguns cosmólogos já acreditam que uma reformulação radical da mecânica quântica, na qual o futuro pode afetar o passado, poderia resolver alguns dos maiores mistérios do universo, incluindo a forma como a vida surgiu.
E, além da origem da vida, poderia ainda explicar a fonte da energia escura e resolver outros enigmas cósmicos.
O que é mais impressionante é que os pesquisadores afirmam que recentes experimentos de laboratório confirmam de forma dramática os conceitos que servem de base para esta reformulação.

Futuro do Universo pode estar influenciando o presente

Ordem oculta na incerteza
O cosmólogo Paul Davies, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, está iniciando um projeto para investigar que influência o futuro pode estar tendo no presente, com a ajuda do Instituto FQXi, uma entidade sem fins lucrativos cuja proposta é discutir as questões fundamentais da física e do Universo.
É um projeto que vem sendo acalentado há mais de 30 anos, desde que Davies ouviu falar pela primeira vez das tentativas do físico Yakir Aharonov para chegar à raiz de alguns dos paradoxos da mecânica quântica.
Um desses paradoxos é o aparente indeterminismo da teoria: você não pode prever com precisão o resultado de experimentos com uma partícula quântica; execute exatamente o mesmo experimento em duas partículas idênticas e você vai obter dois resultados diferentes.
Enquanto a maioria dos físicos que se confrontaram com esse problema concluíram que a realidade é, fundamentalmente, profundamente aleatória, Aharonov argumenta que há uma ordem oculta dentro da incerteza. Mas, para entender sua origem, é necessário um salto de imaginação que nos leva além da nossa visão tradicional de tempo e causalidade.
Em sua reinterpretação radical da mecânica quântica, Aharonov argumenta que duas partículas aparentemente idênticas comportam-se de maneiras diferentes sob as mesmas condições porque elas são fundamentalmente diferentes. Nós apenas não detectamos esta diferença no presente porque ela só pode ser revelada por experiências realizadas no futuro.
"É uma ideia muito, muito profunda", diz Davies.


Futuro do Universo pode estar influenciando o presente




Consequências presentes do futuro
A abordagem de Aharonov sobre a mecânica quântica pode explicar todos os resultados normais que as interpretações convencionais também conseguem, mas tem a vantagem adicional de explicar também o aparente indeterminismo da natureza.
Além do mais, uma teoria na qual o futuro pode influenciar o passado pode ter repercussões enormes e muito necessárias para a nossa compreensão do universo, diz Davies.
Os cosmólogos que estudam as condições do início do universo ficam intrigados sobre o porquê do cosmos parecer tão idealmente talhado para a vida.
Mas há também outros mistérios: Por que é que a expansão do universo está se acelerando? Qual é a origem dos campos magnéticos visto nas galáxias? E por que alguns raios cósmicos parecem ter energias impossivelmente altas?
Estas questões não podem ser respondidas apenas olhando para as condições passadas do universo.
Mas talvez, pondera Davies, se o cosmos já tem definidas algumas condições finais nele próprio - um destino -, então isto, combinado com a influência das condições iniciais estabelecidas no início do universo, pode perfeitamente explicar estes enigmas cósmicos.
Futuro do Universo pode estar influenciando o presente
Aharonov já teve ideias menos extravagantes, como a aplicação da nanotecnologia à água. [Imagem: Katsir et al.]

Testando a flecha do tempo
É uma ideia muito boa - embora extremamente estranha.
Mas haveria alguma maneira de verificar a sua viabilidade? Dado que ela invoca um futuro ao qual ainda não temos acesso como causa parcial do presente, isto parece ser uma tarefa impossível.
No entanto, testes de laboratório engenhosamente inventados recentemente colocaram o futuro em teste e descobriram que ele poderia realmente estar afetando o passado.
Aharonov e seus colegas previram há muito tempo que, para certos experimentos quânticos muito específicos, realizados em três etapas sucessivas, o modo como a terceira e última etapa é realizada pode mudar dramaticamente as propriedades medidas durante o passo intermediário. Assim, ações realizadas no futuro (na terceira etapa), seriam vistas afetando os resultados das medições efetuadas no passado (na segunda etapa).
Em particular, nos últimos dois anos, equipes experimentalistas realizaram repetidamente experiências com lasers que mostram que, ajustando o passo final do experimento, é possível introduzir amplificações dramáticas no montante pelo qual o feixe de laser é desviado durante as etapas intermediárias do experimento. Em alguns casos, a deflexão observada durante a etapa intermediária pode ser amplificada por um fator de 10.000, dependendo das escolhas feitas na etapa final.
Estes resultados estranhos podem ser explicados de forma simples pelo quadro traçado por Aharonov: a amplificação intermediária é o resultado da combinação de ações realizadas tanto no passado (na primeira etapa) quanto no futuro (na etapa final).
É muito mais complicado explicar esses resultados usando interpretações tradicionais da mecânica quântica, afirma Andrew Jordan, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, que ajudou a conceber um dos experimentos com laser.
A situação pode ser comparada à forma como o modelo heliocêntrico do Sistema Solar, de Copérnico, e o modelo geocêntrico de Ptolomeu, ambos fornecem interpretações válidas dos mesmos dados planetários, mas o modelo heliocêntrico é muito mais simples e mais elegante.
Futuro do Universo pode estar influenciando o presente
Uma das ideias "selvagens" mais recentes de Davies foi a de uma viagem sem volta a Marte. [Imagem: NASA/JPL]

Consequências cósmicas
Embora os experimentos com laser estejam dando boas notícias para a equipe, Davies, Aharonov, Tollaksen e seu colega Menas Kefatos, da Universidade Chapman, na Califórnia, estão agora à procura de consequências cósmicas observáveis de informações do futuro influenciando o passado.
Um bom lugar para procurar é a radiação cósmica de fundo (CMB), o "brilho" remanescente do Big Bang. A CMB tem ondulações fracas de calor e frio e, trinta anos atrás, Davies desenvolveu um modelo com seu então aluno Tim Bunch que descreve essas ondas no nível quântico.
Davies e Tollaksen estão agora revisando este modelo no novo arcabouço quântico.
Físicos têm ideias já bem desenvolvidas sobre como era o estado inicial do universo e como pode acabar sendo seu estado final - muito provavelmente um vácuo, o resultado inevitável da contínua expansão.
A equipe está colocando estas ideias junto com seu novo modelo para ver se ele consegue prever assinaturas características da influência do futuro na CMB que possam ser captadas pelo telescópio espacial Planck.
"A cosmologia é um caso ideal para esta abordagem," afirma Bill Unruh, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. "Desde que Aharonov encontrou esses resultados tão estranhos em algumas situações, vale a pena olhar para a cosmologia."
Davies ainda não sabe se essas ideias vão produzir resultados. Mas se o fizerem, seria revolucionário.
"A coisa mais notável sobre Paul," avalia Michael Berry, da Universidade de Bristol, "é que ele tem ideias muito selvagens combinadas com extremo cuidado e sobriedade."
Este pode ser exatamente o caráter necessário para fazer um grande avanço. Pode até ser o destino de Davies, uma mescla de seu futuro e de seu passado.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Estrela pode ter virado um planeta de diamante

Planeta de diamante

Planeta de diamante
Um "planeta" com cerca de 60.000 quilômetros (km) de diâmetro - cerca de cinco vezes o diâmetro da Terra - formado por carbono e oxigênio.
E sua densidade é tão grande que esse material deve certamente ser cristalino, ou seja, uma grande parte desse corpo celeste pouco usual pode ser similar a um gigantesco diamante.
Esta foi a conclusão de um grupo de astrônomos australianos, que usou um radiotelescópio para observar um fenômeno igualmente pouco usual.
Siga os passos para verificar como eles chegaram a essa conclusão sobre o que seria esse planeta de diamante.

Descobrindo um pulsar
Tudo começou quando os astrônomos usavam um radiotelescópio e descobriram uma estrela bastante rara, do tipo pulsar.
Pulsares são estrelas giratórias muito pequenas, com cerca de 20 km de diâmetro, que emitem um feixe de ondas de rádio.
Como a estrela gira, esse "disparo" de ondas de rádio chega na Terra na forma de um padrão regular - pulsos de ondas de rádio, de onde vem o nome pulsar.
Mas esse novo pulsar, conhecido como PSR J1719-1438, apresentou uma característica diferenciada: seus pulsos parecem ser sistematicamente modulados, ou seja, sofrem uma influência regular.
Esse pulsar tem companhia
Os astrônomos concluíram que essa modulação deve estar sendo gerada por um pequeno planeta orbitando o pulsar, formando um sistema binário.
Estudando a modulação nas ondas de rádio do pulsar, os pesquisadores chegaram a duas conclusões sobre esse planeta companheiro.
Primeiro, que os dois estão separados por uma distância de cerca de 600.000 km e que o planeta orbita o pulsar em apenas duas horas e 10 minutos.
Segundo, que esse companheiro deve ser muito pequeno, com um diâmetro menor do que 60.000 km - o planeta está tão perto do pulsar que, se ele fosse maior, seria destruído pela gravidade do pulsar.
Estrela que virou planeta
Mas, para que esse sistema binário seja estável, o planeta deve ter mais massa do que Júpiter.
Para ser tão denso, não deve se tratar exatamente de um planeta, mas de uma estrela morta, cuja maior parte da massa já foi sugada pelo pulsar - ou seja, uma anã-branca.
"Esse remanescente provavelmente é formado principalmente de carbono e oxigênio, porque uma estrela feita de elementos mais leves, como hidrogênio e hélio, seria grande demais para se encaixar nos tempos de órbita observados," diz o Dr. Michael Keith, do instituto CSIRO.
Planeta de diamante
O pulsar agora descoberto é conhecido como pulsar de milissegundo - ele gira cerca de 10.000 vezes por minutos. [Imagem: SWIN]
Nasce um planeta de diamante
Dada a densidade da "estrela que virou planeta" - uma massa maior do que a Júpiter em um diâmetro de 60.000 km - o material que a forma deve ser cristalino.
Como carbono se cristaliza na forma de diamante sob altas pressões, os astrônomos concluíram que sua ex-anã-branca pode ser agora um planeta com grande parte de sua composição consistindo em diamante.
Não há exatamente uma explicação de por que o pulsar teria sugado os outros elementos e deixado o carbono para trás, mas o estudo apresenta um retrato da situação medida, não tendo dados suficientes para estabelecer a dinâmica do nascimento do provável planeta de diamante.
A ideia de planetas de carbono não é inédita, embora seja recente, tendo sido proposta em 2005 pelo astrofísico Marc Kuchner.
Em 2010, um grupo de astrofísicos ligados à NASA identificou o primeiro planeta de carbono, e apontaram que ele teoricamente poderia ter montanhas de diamante.
Pulsar de milissegundo
O pulsar agora descoberto é conhecido como pulsar de milissegundo - ele gira cerca de 10.000 vezes por minutos.
Ele tem uma massa de 1,4 vezes a massa do Sol, espremida em uma esfera com 20 km de diâmetro.
Cerca de 70% dos pulsares de milissegundo têm estrelas-companheiras, formando sistemas binários.
Os astrônomos acreditam que foi a estrela-parceira que transformou o pulsar em um pulsar de milissegundo, transferindo massa e fazendo-o girar cada vez mais rápido. O resultado é um pulsar de milissegundo com o que sobrou de uma estrela que perdeu a maior parte de sua massa - o "planeta de diamante".

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tempestades solares ameaçam redes elétricas e de comunicações

De acordo com estudo, erupções no Sol poderiam provocar na Terra prejuízo vinte vezes maior que o furação Katrina, de 2005


Foto: AFP

Tempestades na superfície do Sol podem trazer prejuízos significativos
As tempestades magnéticas causadas por fortes ventos solares podem afetar não apenas os satélites em alta altitude, mas também as redes elétricas em terra, os odeodutos que transportam gás ou petróleo, além de perturbar as comunicações.
O impacto da tempestade solar de 1859, por exemplo, a mais forte conhecida, foi considerada moderada porque a civilização não dependia tanto de tecnologia. Se ela tivesse ocorrido nos dias de hoje, os prejuízos seriam significativos.
Uma grave tempestade solar poderia causar vinte vezes mais prejuízos econômicos aos Estados Unidos que o ciclone Katrina em 2005, advertiu a Academia americana de Ciências em 2008. O custo poderia chegar a 2 bilhões de dólares num primeiro ano de ocorrência de uma tal catástrofe.
O relatório destaca a vulnerabilidade de setores como as redes elétricas, localização GPS, transportes aéreos, transações financeiras, comunicações radiofônicas.
No dia 13 de março de 1989, uma tempestade magnética devida a um fluxo de partículas solares eletricamente carregadas havia provocado pane na rede Hydro-Quebec, privando 6 milhões de canadenses de eletricidade durante 9 horas.
Quando o campo magnético terrestre é fortemente perturbado, produz correntes na superfície da Terra, explica Philippe Escoubet, responsável pela missão europeia Cluster destinada a estudar os efeitos dos ventos solares sobre nosso planeta.

Cientistas criam métodos de detecção de atividade solar

Em conjunto com dados de naves da Nasa,pesquisadores conseguem compreender a evolução das tempestades solares

 

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Cientistas criam métodos de detecção de atividade solar Em conjunto com dados de naves da Nasa, pesquisadores conseguem compreender a evolução das tempestades solares

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Cientistas criam métodos de detecção de atividade solar Em conjunto com dados de naves da Nasa, pesquisadores conseguem compreender a evolução das tempestades solares

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Foto: Nasa Ampliar

Imagem da atividade solar em 12 de julho: novos entendimentos sobre funcionamento do Sol
As observações das missões solares SOHO e STEREO da Nasa (agência espacial americana) revelaram novos dados que ajudarão a facilitar os prognósticos climáticos na Terra e conhecer melhor a evolução das tempestades solares, que podem prejudicar satélites e causar erros nas comunicações.

Cientistas da Universidade de Standford (Califórnia) projetaram um novo método para detectar as chamadas "ejeções de massa coronal" (CMEs, da sigla em inglês) causadoras das auroras boreais mas também das interrupções nas comunicações.

Segundo o estudo publicado no periódico especializado Science, tais erupções solares emergem do interior do Sol como fortes campos magnéticos, explodem em direção à superfície e formam uma enorme bolha de plasma magnética, o que provoca uma onda que se expande rumo ao Sistema Solar.

Sua existência está documentada, mas os cientistas continuam pesquisando uma forma de detectá-las antes que se formem e, assim, evitar suas consequências, já que além das comunicações, estas ejeções são perigosas para os astronautas no espaço e podem provocar blecautes elétricos na Terra.


Utilizando as observações com o Observatório Solar e Heliosférico SOHO, uma missão conjunta da Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA, da sigla em inglês), o professor Stathis Ilonidis e sua equipe, foram capazes de detectar sinais da formação de manchas solares emergentes antes que cheguem à superfície do Sol.

Os cientistas descobriram que os campos magnéticos que formam manchas solares são gerados pelo menos 65 mil quilômetros abaixo da superfície e calcularam a velocidade na qual emergem, por isso que conseguiram estabelecer uma relação para se adiantar.

O estudo indica que os campos magnéticos emergem de 0.3 a 0.6 quilômetros por segundo e provocam manchas solares um ou dois dias após ser inicialmente detectados.

A Nasa também apresentou nesta quinta-feira (18) novas imagens proporcionadas pelas naves gêmeas STEREO, que foram lançadas em 2006, para melhorar a capacidade de prever as tempestades solares, cuja nitidez "proporciona as capacidades de observação para estabelecer modelos para realizar melhores prognósticos", segundo disse em entrevista coletiva Lika Guhathakurta, científica do programa.


Foto: SwRI /Nasa Ampliar
Diagrama permite entender melhor a trajetória das chamadas ejeções de massa coronal

(Último Segundo)

Estrela gigante Betelgeuse está encolhendo misteriosamente



O Nobel de Física Charles Townes e colegas calculam que a estrela supergigante vermelha perdeu 15% de seu tamanho nos últimos 15 anos. Nesta imagem foi feita no espectro ultravioleta, pelo Telescópio Espacial Hubble[Imagem: HST]

A supergigante vermelha Betelgeuse, na constelação de Órion, é uma das estrelas mais brilhantes no céu sobre a Terra e tem um diâmetro estimado em mais de 900 vezes o do Sol. É tão imponente que se estivesse no centro do Sistema Solar se estenderia além da órbita de Júpiter. Sua luminosidade é 15.000 vezes superior à do Sol.

Nada é para sempre

Pelo menos era assim. Era, porque de acordo com um novo estudo feito na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, Betelgeuse está encolhendo. E muito rapidamente, tendo perdido 15% do tamanho nos últimos 15 anos.

A conclusão veio após um longo monitoramento feito com ajuda de um interferômetro de infravermelho instalado no topo do monte Wilson, na Califórnia, e foi apresentada nesta terça-feira (9/6) em Pasadena, durante reunião da Sociedade Astronômica Americana.

Segundo os astrônomos responsáveis pelo estudo, como o raio da supergigante vermelha é de cinco unidades astronômicas, ou cinco vezes o raio da órbita da Terra, o encolhimento no raio da estrela equivale à distância da órbita de Vênus. Betelgeuse está a aproximadamente 600 anos-luz da Terra.

Mudança perturbadora

"Ver essa mudança é algo perturbador. Estaremos vigiando a estrela cuidadosamente nos próximos anos para verificar se ela continuará a contrair ou se aumentará de tamanho novamente", disse Charles Townes, um dos autores da pesquisa, cujos resultados foram publicados no The Astrophysical Journal Letters.

Professor emérito de física da Universidade da Califórnia em Berkeley, Townes ganhou o prêmio Nobel de Física em 1964, pela contribuição no desenvolvimento do laser e do maser (laser em micro-ondas).

Mistérios do universo





O professor Charles Townes usa uma mangueira de jardim para limpar um dos vários espelhos do Interferômetro Espacial Infravermelho, mantido pela Universidade de Berkeley.[Cristina Ryan]

Apesar da diminuição em tamanho, os pesquisadores apontam que a luz visível, ou magnitude, que é monitorada regularmente, não apresentou queda significativa no mesmo período. Apesar de Townes e seu orientando, Ken Tatebe, terem observado há alguns anos um ponto brilhante e inusitado na superfície de Betelgeuse, a estrela continua sendo vista como uma esfera simétrica.

"Não sabemos por que a estrela está encolhendo. Considerando tudo o que sabemos sobre galáxias e o Universo distante, há ainda muitas coisas sobre as estrelas que simplesmente não conhecemos. Uma delas é o que acontece quando as gigantes vermelhas se aproximam do fim de suas vidas", disse Edward Wishnow, outro autor do estudo.

Mais brilhante do que a Lua

Alguns cientistas estimam que Betelgeuse poderá explodir e se tornar uma supernova em alguns milhares de anos. A explosão seria um espetáculo de dimensões tão grandes que a luz resultante seria mais brilhante do que a da Lua no céu noturno sobre a Terra.

Townes, que faz 94 anos em julho, disse pretender continuar monitorando Betelgeuse na esperança de encontrar um padrão para o encolhimento - ou a mudança de tamanho da estrela - e ajudar a melhorar as capacidades do interferômetro pela adição de um espectrômetro. "Onde quer que olhemos com mais precisão, encontraremos algumas surpresas e desvendaremos segredos fundamentais", disse.

Gigantesca "pluma de gás" em estrela de Órion


Sem dúvida alguma, a constelação de Órion é uma das mais belas do firmamento e junto ao Cruzeiro do Sul é uma das primeiras que aprendemos a reconhecer desde pequenos. Além das "Três-Marias", Órion também abriga a conhecida Betelgeuse, uma supergigante vermelha que a cada dia se torna mais fascinante e perigosa (clique na imagem ao lado para ampliá-la). Betelgeuse não é uma estrela qualquer. Além de ser uma das mais brilhantes do céu noturno, Betelgeuse é também uma das maiores estrelas conhecidas, superando em mil vezes o tamanho do nosso Sol. Seu brilho é tão intenso que seriam necessários mais de 100 mil sóis para igualar sua luminosidade. No entanto, toda essa grandiosidade tem um preço e Betelgeuse está próxima de seu fim. A estrela consome violentamente sua massa e quando seu combustível se esgotar explodirá em uma supernova tão intensa que poderá ser vista da Terra até mesmo durante o dia.

Nesta semana, cientistas europeus ligados à Organização Astronômica Europeia para o Hemisfério Sul, ESO, revelaram mais uma faceta dessa supergigante e descobriram que a perda constante de massa estelar criou uma gigantesca pluma de gás do tamanho do Sistema Solar. Além disso também descobriram uma gigantesca bolha que parece flutuar sobre a superfície da estrela.

A descoberta da trilha de gás foi feita através do instrumento NACO de ótica adaptiva, que combinado a outras técnicas instrumentais permitiu aos cientistas obterem a mais nítida imagem de Betelgeuse até hoje feita. A nitidez atinge o limite teórico para um telescópio de 8 metros de diâmetro que é de 37 miliarcossegundos, equivalente a enxergar uma bola de tênis a 400 quilômetros de distância.

As observações, feitas com o telescópio VLT nos andes chilenos, revelaram que o gás da atmosfera de Betelgeuse se move vigorosamente para cima e para baixo e que a bolha formada é tão grande quanto a estrela. As primeiras observações indicam que a ejeção da gigantesca pluma é consequência direta desses movimentos em larga escala.

Para ver a supergigante vermelha basta localizar a constelação de Órion e se orientar pela carta celeste mostrada abaixo (clique para ampliar). Nessa época do ano (julho/agosto) a constelação nasce aproximadamente às 3h30 da madrugada e fica visível até os primeiros raios de Sol. Durante os meses de fevereiro e março, Órion pode ser vista no céu durante quase toda a noite a partir das 19 horas.

(Apolo 11)

Buraco em Órion intriga cientistas

Um telescópio europeu em órbita encontrou algo inusitado enquanto procurava por estrelas jovens: um verdadeiro buraco espacial. Ele fica na nebulosa NGC 1999, uma nuvem brilhante de gás e poeira na constelação de Órion. A nebulosa brilha com a luz de uma estrela próxima. O telescópio Hubble a fotografou pela primeira vez em dezembro de 1999. Na época, presumiu-se que um ponto escuro da nuvem era uma bolha mais fria de gás e poeira, que de tão densa bloquearia a passagem da luz. Mas novas imagens do observatório Herschel, da Agência Espacial Europeia, mostram que a “bolha” na verdade é um espaço vazio. Isso porque o observatório capta imagens infravermelhas, o que permite que o telescópio veja além da poeira mais densa e enxergue os objetos dentro da nebulosa. Mas até mesmo ao Herschel, o ponto estava preto.

Os astrônomos acreditam que o buraco, medindo 0,2 anos-luz, foi feito pelo processo tumultuoso de nascimento de uma estrela embrionária vizinha, chamada V380 Ori. Esta proto-estrela já é 3,5 vezes o tamanho do Sol. O time que fez a descoberta acredita que a V380 Ori está sinalizando sua quase maturidade ao projetar rapidamente colunas de gás de seus pólos, que estão destruindo qualquer material remanescente da formação da estrela.

“Achamos que a estrela está lançando um jato na velocidade de centenas de quilômetros por segundo, e é ele que está causando o ‘buraco’ na nuvem vizinha”, disse Tom Megeath, que coordenou a pesquisa pela University of Toledo, em Ohio, nos Estados Unidos. “Essencialmente, esses jatos de gás estão sendo projetados e eles acabam com todo o gás e poeira.”

Megeath comentou que o telescópio que descobriu o buraco é batizado em homenagem ao astrônomo William Herschel, que viveu no século XIX. Em suas catalogações do céu noturno, Herschel registrou diversos trechos escurecidos que ele imaginou que fossem buracos, mas na verdade eram apenas nuvens escuras.

“Daí em diante, sempre que se via o que parecia um buraco espacial, se presume que são nuvens”, explicou. “Chega a ser irônico que agora, quase 150 anos depois, um telescópio chamado Herschel viu algo que todos achavam que era uma nuvem, e na verdade era um buraco de verdade”.


 (Último Segundo)


Nota: "Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. A santa cidade descerá por aquele espaço aberto" (Primeiros Escritos, p. 41). Ellen White escreveu esse texto há mais de um século.[MB]

Mistérios em Órion

O SOM MISTERIOSO PROVENIENTE DE ÓRION

A NASA detectou um som no espaço distante que desafia as crenças ou qualquer explicação. Eles não têm a mínima ideia sobre a sua origem, de acordo com Alan Kogut do Centro Espacial Goddard, nos EUA.
Segundo o cientista, em vez de se receber um sinal fraco como tem acontecido, ouviram um som de explosão seis vezes mais alto do que se poderia se previsto.

De acordo com a NASA “a fonte deste ruído de rádio de fundo permanece um mistério”. Não veio de estrelas primordiais, não é de nenhuma fonte de rádio conhecida e, na realidade, o problema aqui é que “não há galáxias de rádio (como quasares, por exemplo) suficientes que expliquem o sinal”.

Por outras palavras não há nada que conheçamos no cosmos que seja capaz de produzir este som ensurdecedor. Segundo a Universidade de Maryland, nos EUA, para formar este tipo de sinal “precisaríamos de juntar [as galáxias de rádio] do universo como sardinhas. Não haveria nenhum espaço restante entre uma e outra galáxia”. Em termos científicos: Os cientistas estão desnorteados, tal como se encontrassem no meio de um tiroteio sem saber para que lado se dirigir.

Outra coisa intrigante é de onde veio esta luz misteriosa. Não há dúvida coisas assombrosas se passam no céu astral! O som foi detectado pela ARCADE, uma sonda transportada por um balão que é arrefecida a quase zero absoluto. O instrumento em si fica dentro de um tanque com quase 2 mil litros de hélio líquido para chegar a esta temperatura. Esta é a radiação microondas de fundo. Será a volta triunfante do nosso Senhor Jesus que está cada dia mais próxima?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Segunda Reunião do C.A.A - Paletra com a diretoria e os membros fundadores para salientar os objetivos do clube

Nosso Presidente Explicando o objetivos do Clube
Enquanto nosso presidente fala,a nossa 2ª secretária anota tudo na Ata




Primeiros astronomos amadores do municipio de Amontada
C.A.A Começamos bem graças a Deus
A galera Observando as constelações
Ganhamos um Bínocolo,ja é um começo,em breve nosso telescópio